domingo, 17 de fevereiro de 2013

Poesia de Carlos Fragata - Esse não sou eu; O teu olhar; Noite

 
Poesia de Carlos Fragata - Esse não sou eu; O teu olhar; Noite
 
 
 Esse não sou eu
 
 Mergulhado na noite dos meus dias,
 Em pânico recordo o que disseste
 Quando, em lágrimas, triste, percebeste
 Não ser eu esse homem que querias...

 
Reclamaste da vida que perdeste,
 Enganada por ela, pois não vias
 Que, pouco a pouco, tu te despedias
 Dos sonhos que sonhaste e não viveste!

 
O teu olhar
 
 Olho o céu, belo mas frio,
 Vejo a verdade da vida,
 A solidão dos meus dias...
 Enquanto te acaricio,
 Sinto minh’alma envolvida
 No sorriso que me envias!

 
Perco, ao ver os olhos teus,
 A ligação com o mundo,
 Meus pés não tocam o chão...
 E baixinho peço aos céus
 Que o meu olhar vagabundo
 Vislumbre o teu coração.

 
Noite
 
 Noite... vagueiam almas de poetas
 Pelas vielas tristes da cidade,
 Buscando em vão pintar uma verdade
 No meio de mentiras tão concretas,
 Apenas com as cores da saudade!

 
A solidão da rua onde a vida
 Teve já residência registada
 Revive a noite outrora iluminada,
 E imagina o Fado, que a convida
 A cantar essa vida já passada.

 
Leia este tema completo a partir de 18 de Fevereiro carregando aqui. 
 
 
 
 

 
 

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