Jornal Raizonline nº 209 de 11 de Fevereiro de 2013 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - As minhas memórias mais próximas (XXX) - O Carnaval
O Carnaval é um evento anual, como se sabe, e que ao longo dos meus alguns anos já nunca compreendi. Quer dizer, eu compreendo naquele sentido em que se trata de um festejo, de um tipo de tentativa semi - falhada ou mesmo falhada de descompressão lustral, de um fazer de conta popular, do gozo de uma liberdade que em teoria deveria haver todos os dias, e por vezes há, sem que para o efeito as pessoas tenham de se concentrar com vestimentas específicas, narizes de borracha e bisnagas que espirram água ou outros líquidos.
No meu tempo de moço ainda fui uma vez ou duas ao Carnaval, sobretudo o de Loulé, na maior parte das vezes para fazer companhia a familiares femininas jovens, assim tipo guarda costas à medida da minha idade.
Nesse tempo em que eu lá ia fui havia aqueles saquinhos cheios de areia comprimida em saquinhos que davam umas porradas valentes na cabeça das pessoas, havia o triste hábito de jogar ovos (maioritariamente podres) e uma elevada percentagem de pessoas mascaradas com lençóis tipo alegres fantasmas, que passavam à nossa frente e faziam «uuuuu».
Ainda hoje me pergunto qual é o gozo dessa festança, sobretudo porque não tem os tradicionais comes e bebes tipo bifanas no pão embora tenha muitos bebes e outras coisas que a modernidade foi trazendo.
Se um dia me pedirem para fazer o meu antecipado epitáfio escreverei, e daí talvez nem valha a pena estar a estragar tão solene momento, mas se o fizesse escreveria: «Aqui jaz uma pessoa que nunca achou piada nenhuma ao Carnaval».
Hoje em dia e antes mesmo, o meu escárnio para esse escárnio é dizer que se trata de uma perca de tempo, de deitar dinheiro à rua quando se tem de comprar vestimentas, sobretudo para os miúdos, numa tentativa deles, coitados, salvaguardarem a tradição.
O Carnaval é um evento anual, como se sabe, e que ao longo dos meus alguns anos já nunca compreendi. Quer dizer, eu compreendo naquele sentido em que se trata de um festejo, de um tipo de tentativa semi - falhada ou mesmo falhada de descompressão lustral, de um fazer de conta popular, do gozo de uma liberdade que em teoria deveria haver todos os dias, e por vezes há, sem que para o efeito as pessoas tenham de se concentrar com vestimentas específicas, narizes de borracha e bisnagas que espirram água ou outros líquidos.
No meu tempo de moço ainda fui uma vez ou duas ao Carnaval, sobretudo o de Loulé, na maior parte das vezes para fazer companhia a familiares femininas jovens, assim tipo guarda costas à medida da minha idade.
Nesse tempo em que eu lá ia fui havia aqueles saquinhos cheios de areia comprimida em saquinhos que davam umas porradas valentes na cabeça das pessoas, havia o triste hábito de jogar ovos (maioritariamente podres) e uma elevada percentagem de pessoas mascaradas com lençóis tipo alegres fantasmas, que passavam à nossa frente e faziam «uuuuu».
Ainda hoje me pergunto qual é o gozo dessa festança, sobretudo porque não tem os tradicionais comes e bebes tipo bifanas no pão embora tenha muitos bebes e outras coisas que a modernidade foi trazendo.
Se um dia me pedirem para fazer o meu antecipado epitáfio escreverei, e daí talvez nem valha a pena estar a estragar tão solene momento, mas se o fizesse escreveria: «Aqui jaz uma pessoa que nunca achou piada nenhuma ao Carnaval».
Hoje em dia e antes mesmo, o meu escárnio para esse escárnio é dizer que se trata de uma perca de tempo, de deitar dinheiro à rua quando se tem de comprar vestimentas, sobretudo para os miúdos, numa tentativa deles, coitados, salvaguardarem a tradição.
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