sábado, 2 de fevereiro de 2013

O Café de Cuíca - Por ACAS (Antônio Carlos Affonso dos Santos)

 
O Café de Cuíca - Por ACAS (Antônio Carlos Affonso dos Santos)
 
No ano de 2007 foi anunciada a existência de um café para lá de especial em um filme produzido em Hollywood pleno de sofisticação e riqueza, onde um dos protagonistas, Jack Nicholson, dentre outras excentricidades, adorava tomar um café provindo da Sumatra, na Indonésia e que antes da torrefação, teria sido comido por um pequeno animal mamífero e natural daquelas terras, o «civeta» e que depois de defecado pelo animal era então recolhido e processado.
 
Tal café tinha qualidades únicas e valia todo o dinheiro possível para comprá-lo e saboreá-lo. Era o «Kopi Luwac Coffee», o café mais raro e caro do mundo. Este personagem tinha até uma cafeteira especial, na qual só era feito esse café especialíssimo.
 
O outro personagem e protagonista, vivido pelo Morgam Freeman, era ao contrário, um homem de hábitos simples e vida modesta. O mote do filme é sobre a avaliação de toda uma vida e o comportamento humano, sob a ótica de duas pessoas diametralmente diferentes.
 
O filme, que foi intitulado no Brasil de «Antes de Partir», cujo título em Inglês é «The Bucket List», mostrava este comportamento aparentemente antagónico entre os dois astros de cinema. Neste filme, foi mencionado pela primeira vez este tipo de café e o processo, no mínimo curioso; de parte de seu processo de preparo ter incorporado a «maturação no estômago de um animal». Há de se observar que tal «café especial» já era produzido pelo menos há uns quatro anos, antes do filme.
 
Em agosto de 2008 começou-se a comercializar o café de jacu, que é a versão brasileira do café mais caro do mundo - o Kopi Luwak (como já dito acima, o Kopi Luwak é o café mais caro do mundo e o animal envolvido é um tipo de gato - ou gambá - o civeta). O café que ele come acaba saindo no estrume.
 
Portanto na Indonésia, há um gambá (civeta), «preparando o café». No Brasil, uma ave (jacu), fazendo a mesma coisa!
 
Nota: Aproveite para ver o Acas na sua versão menos madura e carregando na foto leia o artigo do Acas sobre o Café de Jacu publicado na Edição nº 22, do Jornal Raizonline, em Maio de 2009.

Passaram-se mais quatro anos, estávamos em 2012; um novo tipo de café começa a ser processado exatamente na mesma fazenda onde o café de jacu é produzido: trata-se do «café de cuíca».
-Verdade que o raio não costuma cair no mesmo lugar, duas vezes seguidas? - Se nos ativermos aos fatos relatados abaixo, nos parece que sim.

Município de Pedra Azul, distante 100 km da capital Vitória, estado do Espírito Santo; fazenda Camocim: eram 120 mil pés de café. A colheita do café ocorre, normalmente entre os meses de abril e setembro.
 
 
 
 
 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário