Poesia de José Manuel Veríssimo - DEIXA QUE CHORE; Diálogos do Amanhecer
DEIXA QUE CHORE
Deixa que chore
Os ódios semeados
Que é preciso destruir
As árvores guerreiras e carnívoras
Onde corre a seiva de sangue humano
Deixa que chore
Este amor por explodir
Encarcerado nas conveniências
E todos os mestres crucificados
Na voragem do quotidiano.
Deixa que chore
Esses ombros que faltam
Dos amigos que o não são
Deixa que chore
Diálogos do Amanhecer
Pedem-me:
«Desenha a paisagem que habitas
Uma carta urgente de ternura»
No início povoei o caos de esperanças
Na solidão, teci telas de paisagens vossas
Deslumbrei-me no mundo reflexo dos olhares
Estabeleci a prioridade dos gestos/grinaldas
Com flores entre os dedos
Nadei entre perfumes e gestos
Difícil escrever
Com as mãos ocupadas
Nos afagos
Dos rostos murados de angústia
Os meus olhos transmitiam manhãs de certezas
Leia este tema completo a partir de 25 de Fevereiro carregando aqui.
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