sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A arte da calçada à portuguesa - Por Irene Fernandes Abreu - Blogue Valium50 - Macau

 
A arte da calçada à portuguesa - Por Irene Fernandes Abreu - Blogue Valium50 - Macau
 
A calçada portuguesa resulta do calcetamento com pedras de formato irregular, geralmente de calcário e basalto, que podem ser usadas para formar padrões decorativos pelo contraste entre as pedras de distintas cores.

As cores mais tradicionais são o preto e o branco, embora sejam populares também o castanho e o vermelho.
A calçada portuguesa, conforme a conhecemos, foi empregada pela primeira vez em Lisboa no ano de 1842. O trabalho foi realizado por presidiários (chamados «grilhetas» na época), a mando do Governador de armas do Castelo de São Jorge, o Tenente - general Eusébio Pinheiro Furtado.
O desenho utilizado nesse pavimento foi de um traçado simples (tipo zig - zag) mas, para a época, a obra foi de certa forma insólita, tendo motivado cronistas portugueses a escrever sobre o assunto.

Após este primeiro acontecimento, foram concedidas verbas a Eusébio Furtado para que os seus homens pavimentassem toda a área da Praça do Rossio, uma das zonas mais conhecidas e mais centrais de Lisboa, numa extensão de 8.712 m².

A maioria das calçadas de Lisboa, na pavimentação de espaços públicos e não só, são «basicamente» passeios calcetados com pedras de formato irregular de cor preta e branca, formando diversos desenhos que integram temas diversos.

Terá surgido pela primeira vez em Lisboa no séc. XV e rapidamente expandido pelas vilas e aldeias do país. Amplamente utilizada em Portugal e também no Brasil, é no entanto em Portugal onde é considerada parte da tradição e expressão cultural, encarada como uma herança histórica do país.
 
 
 
 
 

 
 

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