domingo, 3 de março de 2013

BRANCO O CAVALO BRAVO - Conto Infantil de Cremilde Vieira da Cruz

 
BRANCO O CAVALO BRAVO - Conto Infantil de Cremilde Vieira da Cruz 
 
Aquele cavalo era o mais bravo da cavalariça. Ninguém queria montá-lo e o próprio tratador, quando o Branco estava mal disposto, tomava todas as precauções para o acalmar antes de o montar ou de cuidar dele.
 
O Branco era muito bonito, e como era bem tratado, tinha o pêlo e a crina tão luzidios, que um dia o Serginho foi com o pai à cavalariça e perguntou se o Senhor Florêncio punha gel no cabelo do Branco. O Pai riu-se o disse que não, que era mesmo brilhante e que brilhava ainda mais, porque o Senhor Florêncio tinha o cuidado de o escovar muito bem, para que se mantivesse asseado e luzidio.
 
Outra vez que o Serginho foi com o pai à cavalariça, o Branco estava muito excitado, dava pulos, relinchava... e o menino disse:
- ó pai, vamos embora daqui, que o Branco é mau! Assim ele vai ficar feio, porque o Senhor Florêncio não poderá escovar-lhe o cabelo, não achas?
 ó Senhor Florêncio, o Branco está zangado, por isso, não deve escovar-lhe o cabelo, não vá ele magoá-lo. Se ele ficar feio, não se importe. Ninguém o manda ser mau.
- Está bem, menino, não escovarei o pêlo do Branco - disse o Senhor Florêncio.
- Tenha cuidado, Senhor Florêncio! Se ele amanhã estiver tão mau como hoje, não o escove - insistiu o Serginho.
 
 O menino voltou à cavalariça no dia seguinte e encontrou o Branco muito bonito, com a crina da cauda e do pescoço entrançada, muito bem arreado, e o Senhor Florêncio vestido a rigor para montar.
 
 O Serginho ficou muito preocupado, não fosse o Senhor Florêncio montar o Branco e este ficar mal disposto como esteve na véspera.
- ó pai, acho que o Senhor Florêncio faz mal. - disse o Serginho.
- Faz mal, porquê, filho? - perguntou o pai.
 
 
 
 
 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário