sábado, 3 de agosto de 2013

Rejeição Moçambicana a Albinos - Texto de Dr. Albee

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Rejeição Moçambicana a Albinos - Texto de Dr. Albee 
 
Em alguns países os albinos são «caçados» como bichos, sofrem amputações de braços ou pernas para fins supersticiosos, sobretudo porque se acredita que o sangue deles ou o cabelo ajuda a acumular riqueza. Na pior das hipóteses, eles são mortos supostamente porque a sua presença numa família é presságio de grande azar. A sociedade continua a repelir violentamente as pessoas nessa condição de natureza genética.
 
Na província de Nampula, o @Verdade encontrou Espírito Costa Amisse, de 18 anos de idade, na rua, onde vive há anos por ter sido rejeitado pelos pais porque é albino. Ele é um jovem igual a tantos outros, porém, devido à ausência completa de pigmento na pele, várias pessoas o olham com desdém e acreditam que não morre, mas sim, desaparece.
 
Espírito sente-se um homem que não pertence a nenhuma raça e que é desprezado pelos outros indivíduos, desde que a mãe o renegou por causa do albinismo quando tinha apenas um ano de vida. «Estou sozinho e pensava que mais ninguém é como eu por ter sido rejeitado pela minha mãe». Nessa altura, o nosso interlocutor vivia no distrito de Moma (Nampula), tendo mais tarde passado a residir no distrito de Alto Molocué, na província da Zambézia, até aos 10 anos de idade, com o pai.
 
Quando atingiu essa idade, o jovem, que frequentava a 3ª classe, disse aos avós que gostaria de conhecer a progenitora e pretendia morar com ela, em Moma. O seu pedido foi aceite. Contudo, chegado ao local, Espírito não pôde continuar a frequentar a escola e a sua vida mudou drasticamente porque os parentes da sua mãe o rejeitaram alegando que não podiam conviver com um albino dentro de casa. Aliás, para a família materna de Espírito quem convive com um indivíduo com falta de pigmentação na pele traz ao mundo um ser humano igual.






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