sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Caminho das pedras - Por Abílio Pacheco

 
Caminho das pedras - Por Abílio Pacheco 
 
Essa é uma expressão muito comum em se tratando de dar dicas para quem quer se tornar um escritor (literário) ou para quem quer seguir uma profissão que exige algo mais que a técnica.
Já é mais do que óbvio, posto já ser deveras repetido, que para se tornar um bom escritor, o ideal é ler, ler bastante. Acrescento ainda que o ideal é ler bastante do gênero de texto que você pretende escrever. Para ser um bom poeta, leia bons poetas. Para ser um bom romancista, leia os bons romancistas.
 
No finzinho da adolescência, fui cheio de espinhas, empacotado num macacão do SENAI até o campus da Universidade Federal do Pará em Marabá procurar um professor de Literatura para ele me sugerir algum livro (teórico – acho que eu queria um manual ou algo assim) que me ensinasse a escrever poesia. O professor Gilson Penalva, que mais tarde de seria meu orientador de monitoria, exatamente da disciplina Teoria Literária, desconversou, disse-me da inutilidade que seria a teoria, que não haveria material didatizado sobre o assunto e, como eu insisti, terminou me encaminhando para um outro profissional do magistério. Sugeriu que eu fosse falar com uma professora do ensino médio de uma escola estadual.
 
Ora, eu não sou metade do que o Gilson era já naquela época, mas me mostro, além de professor de literatura, escritor. Talvez por isso vez por outra alguém vem me perguntar o tal caminho das pedras, como se eu realmente o soubesse ou já tivesse trilhado por ele. Já disse que o ideal é ler bastante do gênero que você quer aprender, ou se dedicar, mas acredito que os relatos dos autores sobre a produção de seus romances também são bons passos entre penedos.
 
 
 
 
 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário