é preciso trabalhar ou descansar? - Texto de Luís Fernandes
Recolhido no Blogue Questões Nacionais
é dos livros da sociologia, sabe-se que as nações subdesenvolvidas à medida que vão caminhando para o desenvolvimento pleno, progressivamente, vão abandonando a terra e tudo o que seja trabalho árduo, incluindo indústrias pesadas. Tenderão em virar-se para os serviços e para a terciarização.
Aparentemente, como se caminhassem na direcção do pico da eficácia e da excelência distributiva, exigirão dos governos nacionais cada vez maior atenção à satisfação do seu bem-estar individual e familiar. Se é certo que esta reivindicação popular acaba por funcionar para o bem geral, porém, salvo excepções, este interesse é profundamente egoísta e pouco interessado no bem - comum.
Sempre em crescendo, os cidadãos autóctones, para além de trabalharem cada vez menos e outorgarem cada vez mais direitos, imporão a sua força unitária que, ajudados pela comunicação social e pela mimética, se tornará colectiva enquanto massa abstrata com poder de influência junto do poder central.
Através das reivindicações sociais junto dos eleitos, continuarão a somar sucessos e verão todos os seus pedidos satisfeitos, alguns até ridículos. Por sua vez, os executivos, banqueteando-se em opíparos festins, gastando à tripa forra e legislando em causa própria e satisfazendo o séquito clientelar, acima de tudo mais interessados em ganhar eleições do que gerir a coisa pública com eficiência e racionalidade, vão cedendo, cedendo, até um momento em que não será mais possível continuar.
Já só resta o crédito internacional para satisfazer e manter os vícios acumulados. Significa que, seguindo o passado histórico, se atingiu o ponto zero e, portanto, estará eminente a bancarrota da classe média, a tal burguesia que sempre esteve à frente das revoluções. Quer dizer que se atingiu o vértice da pirâmide e a partir daí se entra no plano descendente.
Leia este tema completo a partir de 19 de Agosto carregando aqui.
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