Reflexões no meu outono (XXII) - Cecílio Elias Netto - O centenário de Eduardo Fernandes Filho
Cemitérios passaram a ser – além de «campos sagrados» – também sítios históricos. Neles, jazem o bandido e o herói, o anônimo e o celebrado, o sábio e o ignorante, na confirmação da admirável sabedoria dos livros sagrados: «Tu és pó e ao pó voltarás».
A verdadeira humanidade começou no dia em que o primeiro homem foi enterrado após sua morte. Antes disso, os mortos eram deixados pelo caminho, lançados em buracos, expostos e desprezados. Quando enterrou o primeiro morto, o homem começou a construir a humanidade a partir de sentimentos próprios apenas do ser humano: respeito, solidariedade, memória, consciência da dignidade da vida e do mistério da morte. Somos, os homens, os únicos animais que sabem haverão, um dia, de morrer.
Se, no entanto, todos nos igualamos pela implacável chegada da morte, há – durante a existência – homens e mulheres que se elevam em dignidade por seus feitos, conquistas, sabedoria, testemunhos de honradez, de fraternidade, de humanismo. Nos cemitérios – mesmo que enterrados ao lado de seus semelhantes e assemelhados – seus túmulos e jazigos são locais de reverência, de inspiração e de admirado reconhecimento.
Quem quiser conhecer uma cidade basta ir ao seu(s) cemitério(s). Povos civilizados sabem disso e criam como que panteões para aqueles que se destacaram não por sua fortuna, mas por suas virtudes, seus serviços à comunidade, seu amor à terra e ao povo. Ou por suas obras, sejam materiais ou espirituais.
Se, no entanto, todos nos igualamos pela implacável chegada da morte, há – durante a existência – homens e mulheres que se elevam em dignidade por seus feitos, conquistas, sabedoria, testemunhos de honradez, de fraternidade, de humanismo. Nos cemitérios – mesmo que enterrados ao lado de seus semelhantes e assemelhados – seus túmulos e jazigos são locais de reverência, de inspiração e de admirado reconhecimento.
Quem quiser conhecer uma cidade basta ir ao seu(s) cemitério(s). Povos civilizados sabem disso e criam como que panteões para aqueles que se destacaram não por sua fortuna, mas por suas virtudes, seus serviços à comunidade, seu amor à terra e ao povo. Ou por suas obras, sejam materiais ou espirituais.
Visitar cemitérios é o mesmo que ir a templos, espaços sagrados que contam a história humana. Quem souber beber do silêncio de cemitérios, olhar túmulos com os olhos da alma, sentir a espiritualidade que deles emana – quem souber fazê-lo ver-se-á enriquecido como ser humano. Não apenas pelo fortalecimento da noção de finitude, mas, em especial, pela história que pode ser ouvida e sentida a cada passo.
Leia este tema completo a partir de 12 de Agosto carregando aqui.
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