COLUNA POETICA DE MARIA PETRONILHO - Memórias de minha mãe; Serei ultra-som ressoando
Memórias de minha mãe
Mãe, de ti sei aquele dia
andavas de robe e camisa
na entrada da cozinha
para onde dava a cozinha?...
e eu era pequenina
e andava bem vestida
brincava no chão
com a única fotografia
em que a minha mãe se ria
e parecia
uma deusa ou fada linda!
fiz-lhe um rasgão
machuquei-a,
sentindo em pressentir
que era errado o que fazia
mas a minha mãe deixava!
não estava triste, nem ria
tão raramente se ria!
olhei sob a sua saia
não entendia o que via
mas senti que não devia
mas minha mãe não ralhara!
cirandava, andava ainda,
e era uma rapariga
que idade teria?
que idade teria?!
estava como que alheia
... e eu chorei toda a vida
aquela fotografia
minha mãe, não se ralara!
andavas de robe e camisa
na entrada da cozinha
para onde dava a cozinha?...
e eu era pequenina
e andava bem vestida
brincava no chão
com a única fotografia
em que a minha mãe se ria
e parecia
uma deusa ou fada linda!
fiz-lhe um rasgão
machuquei-a,
sentindo em pressentir
que era errado o que fazia
mas a minha mãe deixava!
não estava triste, nem ria
tão raramente se ria!
olhei sob a sua saia
não entendia o que via
mas senti que não devia
mas minha mãe não ralhara!
cirandava, andava ainda,
e era uma rapariga
que idade teria?
que idade teria?!
estava como que alheia
... e eu chorei toda a vida
aquela fotografia
minha mãe, não se ralara!
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