Poesia de Ilona Bastos - Dançante o meu olhar, que é Céu; Quando a noite está quente; Versos em fuga
Dançante o meu olhar, que é Céu;
As nuvens viajam no céu.
São brancas, às ondas, redondas,
São leves, etéreas, oblongas,
São ledas, suaves, serenas,
São velas, veleiro, singrando
Cordato, no mar infinito.
O vento que sopra as encanta,
O vento gentil as desmancha,
O vento as estende, transforma,
Subtil, envolvente, as seduz,
E faz, desfazendo-as, ceder,
Em gotas de água, sublime prazer.
O vento gentil as desmancha,
O vento as estende, transforma,
Subtil, envolvente, as seduz,
E faz, desfazendo-as, ceder,
Em gotas de água, sublime prazer.
As árvores longínquas, frondosas,
Verdes, brilhantes, harmoniosas,
Ao jorro da chuva se animam,
Ao sopro da brisa balançam,
Bailarinas inspiradas, em aplauso
Aclamadas pelos arbustos em flor.
Verdes, brilhantes, harmoniosas,
Ao jorro da chuva se animam,
Ao sopro da brisa balançam,
Bailarinas inspiradas, em aplauso
Aclamadas pelos arbustos em flor.
E, dançante, o meu olhar, que é céu,
Que é vento e chuva, árvore e flor,
Pela sala voa, música vibrante,
Os vidros atravessa, confiante,
Se entrega à vista bela, além janela,
Feliz, enfim, confunde-se com ela.
Que é vento e chuva, árvore e flor,
Pela sala voa, música vibrante,
Os vidros atravessa, confiante,
Se entrega à vista bela, além janela,
Feliz, enfim, confunde-se com ela.
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