sexta-feira, 23 de agosto de 2013

«DIZEI-LHE QUE TAMBEM DOS PORTUGUESES ALGUNS TRAIDORES HOUVE ALGUMAS VEZES»

 
«DIZEI-LHE QUE TAMBEM DOS PORTUGUESES ALGUNS TRAIDORES HOUVE ALGUMAS VEZES»
 
Texto de Paulo em Filhos de um Deus Menor

«Dizei-lhe que também dos portugueses, alguns traidores houve algumas vezes» (Luiz de Camões - canto IV, estrofe XXXIII)
 
Na verdade, com esta frase Camões não se referia ao ano de 2013 nem tão pouco ao século XXI, mas sim aqueles portugueses que nos tempos de D. João I, se passaram para o lado de Castela (Espanha) e combateram contra os interesses de Portugal.

Hoje, quando se coloca a questão da crise em Portugal, vêm os mais altos dignitários da Nação atribuir a culpa à conjuntura da Europa ou mesmo planetária fazendo, com isso, crer que Portugal é uma vitima inocente da «desgraça». Ninguém parece ter a coragem de Camões...

Porém, quando a crise passar - se passar - haja quem tenha a coragem de dizer que tal crise também se deveu a portugueses traidores que houve algumas vezes.

Embora São Paulo tenha dito que o Diabo não tem forma, que é «espírito dos ares» (o ar - mau das crenças populares) admite-se no entanto que Ele não possa ser o culpado da crise actual em Portugal. Na verdade o bicho das sete cabeças do Apocalipse, o veado da lenda da Senhora da Nazaré e o corvo de Santo Espedito, não podem ser arguidos neste processo.
 
Não porque sejam inimputáveis em razão de anomalia psíquica. Não. Os culpados são uma espécie de Diabos tornados ermitãos, isto é: aqueles que levaram uma vida dissipada e corrompida e, depois de velhos, se tornaram penitentes e filósofos. Estes não são inimputáveis, embora , por vezes, consigam dar a «volta» à justiça ainda que popular...
 
 
 
 
 

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