domingo, 4 de agosto de 2013

A Lenda do Amendoim - Texto de Antônio Carlos Affonso dos Santos - Acas

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A Lenda do Amendoim - Texto de Antônio Carlos Affonso dos Santos - Acas  
 
Originário da América do Sul, (controvérsias à parte, alguns especialistas afirmam que o amendoim se originou no Brasil; outros especialistas dizem que o grão surgiu no Gran Chaco, região que abrange parte do Paraguai, o norte da Argentina, parte da Bolívia e o Peru).
 
Desde a sua descoberta na América, o amendoim conquistou o mundo todo: Europa e, mais tarde, para os Estados Unidos, onde, durante a depressão econômica (fim da década de 20 e início da década de 30) o amendoim, por sua alta qualidade nutricional, foi utilizado como suplemento proteico para a merenda escolar.
 
O Arachis Hipogeae (seu nome científico) tornou-se, então, o principal ingrediente da famosa Peanut Butter, ou pasta de amendoim, tão consumida como substituta da manteiga nas mesas estrangeiras. No Brasil, o amendoim se concentra na área de confeitos, salgadinhos e doces. O amendoim fincou raízes nos quatro continentes emprestando seu sabor pronunciado a centenas de receitas.  
 
O amendoim está tão integrado às tradições culinárias da Asia e da Africa que seus povos nunca querem acreditar que tenha surgido longe de seus dois continentes, mas sim na América do Sul. Essa, porém é apenas uma das particularidades de um alimento ancestral, cujos primeiros vestígios de cultivo datam de 3 000 a.C., no Peru.
 
Sua importância na cultura pré-inca era tamanha que os mortos costumavam ser enterrados com grãos de amendoim, para garantir o sustento na vida futura, segundo registra a enciclopédia The Oxford Companion to Food (Alan Davidson, Oxford University Press,).
 
Por ser chamado em inglês de groundnut (noz subterrânea) é frequentemente confundido com as nozes, embora na verdade seja uma leguminosa aparentada do feijão e da ervilha. Espécie de clima tropical, ele tem um curioso sistema de reprodução: a planta floresce como tantas outras, no solo, porém logo empurra o próprio talo com a flor para baixo da terra, onde cresce o fruto, ou seja, a vagem contendo suas duas ou três sementes.





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