sábado, 3 de agosto de 2013

Poesia de Virgínia Teixeira - Vida; Pirata; Ser estranho

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Poesia de Virgínia Teixeira - Vida; Pirata; Ser estranho 
 
Vida      
 
Em que livro de páginas manchadas,  
Marcadas a encarnado sangue,  
Se encontram as minhas mágoas?  
Que palavras gritam este vácuo, este desalento?
 
Que livro viçoso, de capa brilhante  
Esconde os versos de salvação  
Sentenças de auxílio divino?  
Que me resta senão a busca?
 
Onde estás, felicidade?  
Porque partiste tão cedo,  
Sem mesmo me deixares tomar-te no peito,  
Sorver-te como a um cálice de sangue redentor?  
Porque te foste assim, num repente,  
Sem me deixares nem bem memorizar-te,  
Para mais tarde recordar-te,  
Para desanuviares o meu peito negro,  
Os meus olhos enevoados de mágoa?
 
 
 

 

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