domingo, 4 de agosto de 2013

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - QUIETUDE; REENCONTRO COM O NADA; ROSA DESFOLHADA

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Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - QUIETUDE; REENCONTRO COM O NADA; ROSA DESFOLHADA 
 
 QUIETUDE
 
Aquieto-me na quietude do mar  
De algas verdes aquietadas no fundo.  
Os corais são velas acesas,  
A luz que sempre me dá luz.  
Passa um barco,  
Estremece a água,  
Os peixes inquietam-se momentaneamente,  
Para logo desatarem numa dança.  
Eu baloiço-me nas ondas.  
Não há soluços nos ventos  
Nem a brisa aperta,  
E a neblina quase branca,  
é sinal de paz.  
Ninguém fala,  
Mas no silêncio das vozes,  
No meditar de cada um,  
Há um sorriso branco,  
Um sorriso de paz,  
à volta da praia de areias d’ouro.  
Esvoaçam gaivotas,  
E cantam, cantam,  
Com vontade de cantar.  
Os rochedos guardam memórias,  
Falas que lhes dei,  
Segredos que lhes contei,  
E toda a costa sabe quem sou.  
Cada sorriso que me dão,  
é um estímulo,  
Cada frase que me dizem,  
é um estender de mão,  
Um incentivo para olhar em frente  
E seguir, seguir,  
Feita pluma branca.  
Porém,  
Se um temporal se abeira  
E o mar resmunga,  
Eu parto,  
Aquieto-me junto à lareira,  
E fico, fico,  
Na quentura da chama,  
Junto à lareira,  
Até que o mar se aquiete.


Leia este tema completo a partir de 5 de Agosto carregando aqui.

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