sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Dançando no Escuro (2000) - Texto Recolhido em Cinema Pela Arte

 
Dançando no Escuro (2000) - Texto Recolhido em Cinema Pela Arte
 
«Esse tipo de história sobre homens é recorrente. Mas a história do grande herói não me interessa. Ela é uma heroína, você dirá, mas justamente o que me interessa, não me importa que seja clichê ou banal, é fazer filmes sobre mulheres.» ― Lars von Trier
 
Colorindo o escuro
 
 O homem por trás de cem câmaras estrategicamente posicionadas é ninguém menos que Lars von Trier, informação que surgirá suficientemente escandalosa para aqueles que insistem em manter a associação do diretor com o movimento Dogma 95.

«Dançando no Escuro» (2000), filme que teve seus méritos reconhecidos no Festival de Cannes, é muito mais que apenas fruto de uma experimentação ousada de um diretor cujas motivações artísticas podem tornar candente qualquer debate cinematográfico. Totalmente imersa na realidade trágica de Selma, personagem que no decorrer da projeção luta, dança e sonha na escuridão da cegueira, a cantora Björk é muito provavelmente a surpresa mais agradável que o filme tem a oferecer.
 
Diante do esplendor do produto final e do que já foi falado por outros até aqui, versar sobre a polémica relação de diretor e atriz neste espaço seria um incontestável desperdício de caracteres. Encantado pelo tom fantasioso e otimista dos áureos musicais Hollywoodianos, Selma transforma simples ruídos, como, por exemplo, aqueles emitidos pelas máquinas da fábrica onde trabalha como operária, em números musicais que lhe arrebatam da realidade por poucos minutos.
 
 
 
 
 
 

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