Poesia de Carlos Fragata - CONTRASTES (As sombras e eu); A LEI DA VIDA ; ESTE SOU EU
CONTRASTES (As sombras e eu)
Sombras na noite, corações perdidos
Numa vida de dor e abandono,
Sem credo, sem carinho, sem patrono
Almas limpas, os corpos encardidos.
Suportam seu inverno sem outono,
Descrentes, receosos e vencidos...
Foram filhos, irmãos, foram maridos,
Mas a sorte negou-lhes tal abono.
A LEI DA VIDA
à porta da tasca dormitando está,
Como de costume, um cão lazarento;
é habitual encontrá-lo lá,
Já não é um cão, é um ornamento...
Já foi cão possante, já impôs respeito,
Foi dono da rua, todos o temeram
Mas, no fim da vida, vive contrafeito
à porta da tasca, onde o recolheram.
ESTE SOU EU
Gosto de cantar vida, dor, saudade,
Cantar amor, tristeza, alegria.
Canto coisas banais, do dia a dia,
Canto também o Povo e a verdade...
Acusam-me de alguma bizarria,
Mas é preço a pagar p'la liberdade
De cantar o que tenho na vontade,
Envolvendo a vontade em melodia!
Leia este tema completo a partir de 03/12/2012
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