Trabalhos de Natal - Diversos Autores - A MENINA SORRISO (Cremilde Vieira da Cruz); A Ilustre Língua Portuguesa (Francis Raposo Ferreira); O Catador dos Sonhos (Beti Martins); Mas é Natal... (José Carlos Moutinho); a menina dos fósforos cedeu (Xavier Zarco); natal (Pedro Moura)
A MENINA SORRISO
Era uma vez uma menina que andava sempre muito bem disposta. Por isso, chamavam-lhe a Menina Sorriso.
Um dia, era perto do Natal, ela escreveu ao Pai Natal, fazendo um pedido muito especial:
- Querido Pai Natal – começava assim a carta – não sei se me conheces, mas eu sou a Menina Sorriso e quero pedir-te, Querido Pai Natal, que, quando vieres trazer os presentes aos meninos, tragas também muita alegria, para que todos possam sorrir como eu.
A Ilustre Língua Portuguesa
A Ilustre língua Portuguesa
Tornou-se língua oficial,
Vejam só esta beleza,
Até na Guiné - Equatorial.
Tornou-se língua oficial,
Vejam só esta beleza,
Até na Guiné - Equatorial.
Que o fosse em Macau,
Não seria nada de admirar.
Tal como a Guiné - Bissau
Fez questão de a preservar.
Não seria nada de admirar.
Tal como a Guiné - Bissau
Fez questão de a preservar.
Angola também a adoptou,
Mesmo com tantos dialectos,
Foi algo que lá se deixou
Muito para além dos afectos.
Mesmo com tantos dialectos,
Foi algo que lá se deixou
Muito para além dos afectos.
O Catador dos Sonhos
Por Beti Martins em Arlete Piedade Letras e Amizade
Era um velhinho simpático, vestes rotas, limpas e uns sapatos gastos na sola do pé, seu rosto era agradável inspirava confiança a quem o olhava, seus olhos azuis eram brilhantes da cor do céu e seu sorriso farto e iluminado, dono de uma espessa barba branca, comprida e seus cabelos fartos e desalinhados, dava a fisionomia do Pai Natal apenas a barriga era magra e seu corpo pequeno.
Seu destino era caminhar por esse mundão fora, todos os seus pertences são apenas uma mula, o cachorro sarnento, chamado Pintas, pois era cheio de bolinhas brancas no seu corpo preto e a sua carroça, nada tinha mais nesta vida.
- Oh! Pintas nós vamos parar aqui para descansar, amigão a Julieta precisa de descansar também e já estamos com fome ou não?
Mas é Natal...
Dezembro, mês frio especial,
Porque é de festa,
Dizem que é o mês do Natal...
E este, significa amor, partilha e união;
Paradoxo...
Se afinal, tantos têm fome,
Sem uma côdea de pão para comer;
Quem se lembra desses seres de Deus,
Em corpos que se enregelam,
Embrulhados em mantos de morte,
Pela carência de abrigo e alimento?
Porque é de festa,
Dizem que é o mês do Natal...
E este, significa amor, partilha e união;
Paradoxo...
Se afinal, tantos têm fome,
Sem uma côdea de pão para comer;
Quem se lembra desses seres de Deus,
Em corpos que se enregelam,
Embrulhados em mantos de morte,
Pela carência de abrigo e alimento?
a menina dos fósforos cedeu
a menina dos fósforos cedeu
à tentação do fogo
à tentação do fogo
riscou-se do mapa do frio
trouxe à boca a palavra mais amarga
que em seu regaço encontrou
trouxe à boca a palavra mais amarga
que em seu regaço encontrou
e um travo de fome habitou
o hálito das ruas
avenidas
montras
cujos vidros se quebravam
à passagem
do bafo ausente do pão
o hálito das ruas
avenidas
montras
cujos vidros se quebravam
à passagem
do bafo ausente do pão
natal
Por Pedro Moura em TALENTOS A SOLTA
Natal
Esta noite
Talvez caminhássemos pela praia
Em silêncio
Esmagados pelo silêncio
Impotentes ante os cérebros insaciáveis
Talvez caminhássemos pela praia
Em silêncio
Esmagados pelo silêncio
Impotentes ante os cérebros insaciáveis
Esta noite
Talvez pudéssemos plantar uma flor
Misteriosa e ilícita
Contudo real
Alimentada com o sémen do meu sexo
E na profundidade do teu escondida
Até à germinação
Talvez pudéssemos plantar uma flor
Misteriosa e ilícita
Contudo real
Alimentada com o sémen do meu sexo
E na profundidade do teu escondida
Até à germinação
Sem comentários:
Enviar um comentário