sábado, 15 de dezembro de 2012

Trabalhos de Natal - Diversos Autores - A MENINA SORRISO (Cremilde Vieira da Cruz); A Ilustre Língua Portuguesa (Francis Raposo Ferreira); O Catador dos Sonhos (Beti Martins); Mas é Natal... (José Carlos Moutinho); a menina dos fósforos cedeu (Xavier Zarco); natal (Pedro Moura)

 
Trabalhos de Natal - Diversos Autores - A MENINA SORRISO (Cremilde Vieira da Cruz); A Ilustre Língua Portuguesa (Francis Raposo Ferreira); O Catador dos Sonhos (Beti Martins); Mas é Natal... (José Carlos Moutinho); a menina dos fósforos cedeu (Xavier Zarco); natal (Pedro Moura)
 
 
A MENINA SORRISO
 
 Era uma vez uma menina que andava sempre muito bem disposta. Por isso, chamavam-lhe a Menina Sorriso.
 Um dia, era perto do Natal, ela escreveu ao Pai Natal, fazendo um pedido muito especial:
- Querido Pai Natal – começava assim a carta – não sei se me conheces, mas eu sou a Menina Sorriso e quero pedir-te, Querido Pai Natal, que, quando vieres trazer os presentes aos meninos, tragas também muita alegria, para que todos possam sorrir como eu.
 
A Ilustre Língua Portuguesa
 
 A Ilustre língua Portuguesa
 Tornou-se língua oficial,
 Vejam só esta beleza,
 Até na Guiné - Equatorial.
 Que o fosse em Macau,
 Não seria nada de admirar.
 Tal como a Guiné - Bissau
 Fez questão de a preservar.
 Angola também a adoptou,
 Mesmo com tantos dialectos,
 Foi algo que lá se deixou
 Muito para além dos afectos.
 
O Catador dos Sonhos
 
 Por Beti Martins em Arlete Piedade Letras e Amizade
 
Era um velhinho simpático, vestes rotas, limpas e uns sapatos gastos na sola do pé, seu rosto era agradável inspirava confiança a quem o olhava, seus olhos azuis eram brilhantes da cor do céu e seu sorriso farto e iluminado, dono de uma espessa barba branca, comprida e seus cabelos fartos e desalinhados, dava a fisionomia do Pai Natal apenas a barriga era magra e seu corpo pequeno.
 Seu destino era caminhar por esse mundão fora, todos os seus pertences são apenas uma mula, o cachorro sarnento, chamado Pintas, pois era cheio de bolinhas brancas no seu corpo preto e a sua carroça, nada tinha mais nesta vida.
- Oh! Pintas nós vamos parar aqui para descansar, amigão a Julieta precisa de descansar também e já estamos com fome ou não?
 
Mas é Natal...
 
 Dezembro, mês frio especial,
 Porque é de festa,
Dizem que é o mês do Natal...
 E este, significa amor, partilha e união;
 Paradoxo...
 Se afinal, tantos têm fome,
 Sem uma côdea de pão para comer;
 Quem se lembra desses seres de Deus,
 Em corpos que se enregelam,
 Embrulhados em mantos de morte,
 Pela carência de abrigo e alimento?
 
a menina dos fósforos cedeu
 
 a menina dos fósforos cedeu
 à tentação do fogo
 riscou-se do mapa do frio
 trouxe à boca a palavra mais amarga
 que em seu regaço encontrou
 e um travo de fome habitou
 o hálito das ruas
 avenidas
 montras
 cujos vidros se quebravam
 à passagem
 do bafo ausente do pão
 
natal
 
 Por Pedro Moura em TALENTOS A SOLTA
 
Natal
 Esta noite
 Talvez caminhássemos pela praia
 Em silêncio
 Esmagados pelo silêncio
 Impotentes ante os cérebros insaciáveis
 Esta noite
 Talvez pudéssemos plantar uma flor
 Misteriosa e ilícita
 Contudo real
 Alimentada com o sémen do meu sexo
 E na profundidade do teu escondida
 Até à germinação
 
 
 
 
 

 
 

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