POEMAS FALO-TE - ESCUTO -TE de Dulce Saldanha e Carlos Fragata
FALO-TE
Falo-te!
das noites em que em silêncio
escuto sem dormir
os passos na madrugada,
das noites em que em silêncio
escuto sem dormir
os passos na madrugada,
Falo-te
de pessoas solitárias,
gente que não tem abrigo,
nem um canto, nem amigos,
nem família, nem dinheiro.
de pessoas solitárias,
gente que não tem abrigo,
nem um canto, nem amigos,
nem família, nem dinheiro.
Falo-te!
dos meus anseios
dos dias em que oiço apenas
o sussurrar do vento
e o frio nos corações,
dos meus anseios
dos dias em que oiço apenas
o sussurrar do vento
e o frio nos corações,
ESCUTO-TE
Oiço-te
mas a gente que passava,
esses passos que escutaste
eram os passos que eu dava...
mas a gente que passava,
esses passos que escutaste
eram os passos que eu dava...
Escuto
os lamentos de quem passa,
dessa gente que ocupava
toda a tua compaixão
e teu peito magoava...
os lamentos de quem passa,
dessa gente que ocupava
toda a tua compaixão
e teu peito magoava...
Penso
que a tua dor
é reflexo incontrolado
das noites de solidão,
e dos dias sem amor...
que a tua dor
é reflexo incontrolado
das noites de solidão,
e dos dias sem amor...
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