sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Poesia de Adelina Velho da Palma - Sangue Mulher; O riso; Quando te leio

 
Poesia de Adelina Velho da Palma - Sangue Mulher; O riso; Quando te leio
 
 
Sangue Mulher
 
 Mulher é sangue e sangue é mulher,
 a vida lhe entra, a vida lhe sai,
 cordão condutor sobre quem recai
 entre vida e vida a morte vencer...

 
Sangue da dor do primeiro prazer
 é libertação de marca que cai...
 Sangue que a lua cada mês esvai
 p’ro berço da vida rejuvenescer...

 
O riso
 
 Rio-me num riso que se ri risonho…
Rio-me num riso que se ri ridente…
Rio-me num riso tão irreverente
 que só por si é maior do que o sonho!...

 
Rio-me por tudo o que tenho e disponho
 visto que tudo me deixa contente…
Rio-me por dentro, mui saudavelmente
 neste mundo sujo, seco e enfadonho…

 
Quando te leio - (A Miguel Torga)
 
 Quando te leio - vejo um rapazinho
 nascido da penedia da serra,
 tão obstinado como a crua terra,
 tão sequioso de pés a caminho…

 
Quando te leio - vejo-te sozinho
 num desamparo que ao peito se aferra,
 de Fé perdida e de pendor pra guerra,
 homem inteiro de alma em desalinho...

 
 
 Leia o texto completo a partir de 31/12/2012 carregando aqui.
 
 
 

 

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