Trabalhos de Natal - Diversos Autores - OUTRO LADO DO NATAL (JORGE BRITES) ; NATAL (João Furtado); Natal De Hoje - Natal Tropical (São Tomé); Enfim...(Patrícia Neme); UM PEDIDO DE NATAL (Denise Severgnini)
OUTRO LADO DO NATAL
Se todos os dias o homem lutasse
Por um mundo mais justo e melhor
De certeza talvez melhorasse
O que está cada vez pior
Por um mundo mais justo e melhor
De certeza talvez melhorasse
O que está cada vez pior
Pudera eu comandar
O ilustre Ser humano
Iria a todos obrigar
A sentir o Natal todo o ano
O ilustre Ser humano
Iria a todos obrigar
A sentir o Natal todo o ano
NATAL
N Não consigo festejar este NATAL
A A Guerra… Ela não nos deu tréguas…
T Tanto sangue… Tantas lágrimas… Tanta morte…
A A fome… A crise… A violência… Tantas mágoas…
L Lamento mas este não é o meu NATAL!
A A Guerra… Ela não nos deu tréguas…
T Tanto sangue… Tantas lágrimas… Tanta morte…
A A fome… A crise… A violência… Tantas mágoas…
L Lamento mas este não é o meu NATAL!
João Furtado
Natal De Hoje
Natal, evocação do milagre da vida,
Do apelo à paz, do amor ao próximo,
à solidariedade e harmonia.
é pena que seja só por um dia,
Essa corrente de fraternidade.
Depois tudo volta à fria realidade
Ao desamor, à desonestidade…
Será apanágio dos poetas pensar;
Que as pessoas deviam continuar
O ano todo com o espírito de Natal?
Do apelo à paz, do amor ao próximo,
à solidariedade e harmonia.
é pena que seja só por um dia,
Essa corrente de fraternidade.
Depois tudo volta à fria realidade
Ao desamor, à desonestidade…
Será apanágio dos poetas pensar;
Que as pessoas deviam continuar
O ano todo com o espírito de Natal?
Natal Tropical
Naquele país distante
O Natal era diferente
Era o Natal tropical
Que p’ra todos era igual.
O Natal era diferente
Era o Natal tropical
Que p’ra todos era igual.
A noite nunca era fria
As ruas não tinham neve
Para enregelar os pés
As casas sem chaminés
Fumegavam de alegria
Até ao romper do dia.
As ruas não tinham neve
Para enregelar os pés
As casas sem chaminés
Fumegavam de alegria
Até ao romper do dia.
Enfim...
Será Natal,
se o pão nosso for fato consumado
e todo cidadão, bem empregado,
já não temer a vinda do futuro.
se o pão nosso for fato consumado
e todo cidadão, bem empregado,
já não temer a vinda do futuro.
Quando o nascer de mais uma criança
for muito além da gota de esperança,
de que, todos os dias, Deus dará.
for muito além da gota de esperança,
de que, todos os dias, Deus dará.
UM PEDIDO DE NATAL
Pedrinho...Pedrinho de quê? Da Silva? Dos Santos? De Souza? Ele não sabia seu sobrenome. Fora abandonado ao nascer. Crescera na rua, vivia da bondade alheia.
_ Pedro Silva e Silva, dizia ele, ao ser interpelado em relação ao seu nome completo. Era chique, no Brasil ser Silva e Silva, mesmo que a maioria da população fosse da Silva.
Não tinha pai, não tinha mãe. Até os nove dez anos, morara num orfanato, depois fugirá de lá. Era maltratado pelos funcionários e já fora muito maltratado pela vida.
_ Pedro Silva e Silva, dizia ele, ao ser interpelado em relação ao seu nome completo. Era chique, no Brasil ser Silva e Silva, mesmo que a maioria da população fosse da Silva.
Não tinha pai, não tinha mãe. Até os nove dez anos, morara num orfanato, depois fugirá de lá. Era maltratado pelos funcionários e já fora muito maltratado pela vida.
Era uma noite quente de dezembro. A cidade estava enfeitada com as luzes do Natal. Pedrinho sonhava com o Natal. Nunca ganhara um presente. Tudo o que possuía era de segunda mão.
O calor estava demais, ele tentava dormir no quartinho que dividia com outro morador da rua.
O calor estava demais, ele tentava dormir no quartinho que dividia com outro morador da rua.
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