Poesia de Arlete Deretti Brasil Fernandes - Contemplação - O Primeiro Amor - Volta à minha essência.
Contemplação
Recosto-me na rede da varanda,
Meus pensamentos dão muitas voltas
Enquanto a Terra gira.
Meus pensamentos dão muitas voltas
Enquanto a Terra gira.
Na rua passa uma criança e me
Cumprimenta - Olá!
Imagino o globo terrestre em movimento,
Cumprimenta - Olá!
Imagino o globo terrestre em movimento,
Os seres humanos nas mais diversas atividades.
Uns escrevem, outros pintam, uns riem, outros choram.
Uns nascem enquanto outros morrem.
Uns escrevem, outros pintam, uns riem, outros choram.
Uns nascem enquanto outros morrem.
O Primeiro Amor
Eramos pequenos, estávamos na escola,
no segundo ano primário. Em nossos
gestos inocentes, conversávamos lado a
lado. E nos considerávamos namorados.
no segundo ano primário. Em nossos
gestos inocentes, conversávamos lado a
lado. E nos considerávamos namorados.
Numa segunda-feira veio uma notícia mortal,
Ele fora ferido, na pescaria dominical.
Cidade interiorana, não havia recursos médicos.
Na mesma semana ele morreu e eu vi
Ele fora ferido, na pescaria dominical.
Cidade interiorana, não havia recursos médicos.
Na mesma semana ele morreu e eu vi
Volta à minha essência.
Hoje, ao desnudar minha alma,
Qual não foi a dor dilacerante,
Ao ver cacos estilhaçados de
preciosa taça que eu mesma lapidei.
Tesouro burilado por anos seguidos,
que num instante de ofuscação
caíu e se esboroou ao chão.
Qual não foi a dor dilacerante,
Ao ver cacos estilhaçados de
preciosa taça que eu mesma lapidei.
Tesouro burilado por anos seguidos,
que num instante de ofuscação
caíu e se esboroou ao chão.
Hoje há sol, mas só enxergo trevas.
A luz que eu via, não brilha mais
No espaço. Penetro no azul profundo
E a paz não acho.
A luz que eu via, não brilha mais
No espaço. Penetro no azul profundo
E a paz não acho.
Sem comentários:
Enviar um comentário