sábado, 29 de dezembro de 2012

Textos poéticos de Joaquim Nogueira - queria expor a totalidade do meu ser; planar; Um até já, meu amor; na verdade, sendo a morte uma certeza; E em ti me eternizo; Seduzir; Amar como o vento

 
Textos poéticos de Joaquim Nogueira - queria expor a totalidade do meu ser; planar; Um até já, meu amor; na verdade, sendo a morte uma certeza; E em ti me eternizo; Seduzir; Amar como o vento   
 
«…queria expor a totalidade do meu ser no teu corpo; deitar-me nele e descansar… esperar a manhã seguinte sem alterar a forma de sentir… vibrar apenas com o facto de me saber em ti pousado ao de leve, de mansinho, como se lá não estivesse… delirar com os teus movimentos e sentir o meu corpo mover-se ao som dos teus… olhar-te os seios e sorrir nos teus mamilos… ver teu ventre quieto, dolente, ali à minha frente… tua sedosa pele em cheiros de jasmim ou de rosa pétala… deixar-me levar pelo teu sonho e pelo teu respirar… ondular… marear… vogar… fluir, ser e estar… e quando do sono o teu ser acordar eu olhar teus olhos matinais e neles me afogar… suster a respiração e desfalecer nos teus braços…»
 
planar
«...acordei nas asas dos teus sonhos e mirei-me nas águas tranquilas do teu mar... senti-me afagado pela ternura dos teus olhos e deixei-me planar no aroma do teu beijo... voei forte do meu norte para o teu colo e sorri vendo teus braços abertos numa espera sedenta de vida... afoguei-me em ti e deixei-me morrer no teu sentir...»
 
«Um até já, meu amor, que por amor se corre e por amor se não percorre... um até já, meu amor, pelas correrias que correste e pelas paragens à minha espera... um até já, meu amor, pelo amor caminhado, pelo amor parado como os dias que correm á nossa frente e nos arrastam irremediavelmente para essa morte... a morte do amor que de amor morreu no dia em que em vez de um até já, me disseste adeus...»
 
 
 
 
 

 
 
 
 

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