Jornal Raizonline nº 202 de 24 de Dezembro de 2012 - COLUNA UM- Daniel Teixeira - As minhas memórias mais próximas (XXIII) - Viver e morrer
Viver e estar vivo nem sempre querem dizer a mesma coisa, no sentido duplo que se dá por vezes ao conceito de viver, que implica que se esteja vivo, como será sempre claro, mas a inversa já não aparece como verdadeira nalguns casos e nalgumas conotações que podem ser dadas ao tal conceito de viver referido atrás.
Os animais e as plantas, exemplos corriqueiros dos quais se joga mão também normalmente, estão vivos mas não vivem naquele tal sentido. E o viver (conceito) aparece agora mais claro com a ideia que se inculca desde logo que viver é ter consciência da vida que se vive.
Este tema daria para escrever para aí uns milhares largos de páginas porque nada obriga, em termos lógicos, que quem vive tenha consciência de que vive, assim como não se pode recusar a ideia de vida ao ser humano (mas não às plantas e aos animais irracionais) que estando vivos não têm, por razões patológicas, por exemplo, consciência de que vivem no sentido mais lato que se pode ser apanhado atrás.
O mesmo se aplica às graduações da consciência de viver que podem ser elididos segundo a nossa própria ideia ou segundo a ideia geral daquilo que é viver e ter consciência de que se vive. Até que ponto, por exemplo, se pode dizer que um sem abrigo, com handicaps psíquicos já adquiridos pela sua não-vivência, tem o mesmo grau de consciência de viver que tem uma pessoa chamada de normal, de uma classe média normal (e tantas vezes normalizada).
E já agora, que falamos de normalização, até que ponto um «normalizado» naquele sentido puro e duro do conceito tem consciência da sua vida? Se é normalizado, uma fatia larga da sua consciência de viver nem sequer é consciência porque sendo recebida do exterior (da normalidade exterior) não é nem seu produto próprio nem é de sua consciência plena.
Viver e estar vivo nem sempre querem dizer a mesma coisa, no sentido duplo que se dá por vezes ao conceito de viver, que implica que se esteja vivo, como será sempre claro, mas a inversa já não aparece como verdadeira nalguns casos e nalgumas conotações que podem ser dadas ao tal conceito de viver referido atrás.
Os animais e as plantas, exemplos corriqueiros dos quais se joga mão também normalmente, estão vivos mas não vivem naquele tal sentido. E o viver (conceito) aparece agora mais claro com a ideia que se inculca desde logo que viver é ter consciência da vida que se vive.
Este tema daria para escrever para aí uns milhares largos de páginas porque nada obriga, em termos lógicos, que quem vive tenha consciência de que vive, assim como não se pode recusar a ideia de vida ao ser humano (mas não às plantas e aos animais irracionais) que estando vivos não têm, por razões patológicas, por exemplo, consciência de que vivem no sentido mais lato que se pode ser apanhado atrás.
O mesmo se aplica às graduações da consciência de viver que podem ser elididos segundo a nossa própria ideia ou segundo a ideia geral daquilo que é viver e ter consciência de que se vive. Até que ponto, por exemplo, se pode dizer que um sem abrigo, com handicaps psíquicos já adquiridos pela sua não-vivência, tem o mesmo grau de consciência de viver que tem uma pessoa chamada de normal, de uma classe média normal (e tantas vezes normalizada).
E já agora, que falamos de normalização, até que ponto um «normalizado» naquele sentido puro e duro do conceito tem consciência da sua vida? Se é normalizado, uma fatia larga da sua consciência de viver nem sequer é consciência porque sendo recebida do exterior (da normalidade exterior) não é nem seu produto próprio nem é de sua consciência plena.
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