sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Poema «Sentir o Natal» por Mário Matta e Silva e Poema «Natal» por Cremilde Vieira da Cruz

 
Poema «Sentir o Natal» por Mário Matta e Silva e Poema «Natal» por Cremilde Vieira da Cruz
 
SENTIR O NATAL
 
 Sinto-te, oh, tempo real
 Dos Reis prósperos o mais nobre
 No manto pobre em que se cobre
 Em noite nevada, invernal.
 
Sinto-te, oh, divina esperança
 Nas Paz buscando um outro Mundo
 Em conforto meigo, um bem fecundo
 Que, ano após ano, vive de lembranças.
 
 Sinto-te, oh, santa ternura
 Criação sublime, essa grandeza
 Germinando luares na Natureza
 E estrelas brilhando na noite escura.
 
NATAL
 
 Quando as palmeiras me falam de Natal,
 Os tapassois verdes penetram em meus olhos,
 E reparo nos muros altos
 Que me servem de barreira,
 Sinto que a alma me dói.
 
Quando as portas brancas
 Se escancaram para me receber
 E em simultâneo se abate sobre mim
 Uma intempérie,
 Sinto uma mágoa infinita.
 
Quando à varanda da noite
 O oceano emudece
 E me penetra um silêncio de ferro,
 Sinto ausência de mim.
 
 
 

 
 

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