Poema «Sentir o Natal» por Mário Matta e Silva e Poema «Natal» por Cremilde Vieira da Cruz
SENTIR O NATAL
Sinto-te, oh, tempo real
Dos Reis prósperos o mais nobre
No manto pobre em que se cobre
Em noite nevada, invernal.
Dos Reis prósperos o mais nobre
No manto pobre em que se cobre
Em noite nevada, invernal.
Sinto-te, oh, divina esperança
Nas Paz buscando um outro Mundo
Em conforto meigo, um bem fecundo
Que, ano após ano, vive de lembranças.
Nas Paz buscando um outro Mundo
Em conforto meigo, um bem fecundo
Que, ano após ano, vive de lembranças.
Sinto-te, oh, santa ternura
Criação sublime, essa grandeza
Germinando luares na Natureza
E estrelas brilhando na noite escura.
Criação sublime, essa grandeza
Germinando luares na Natureza
E estrelas brilhando na noite escura.
NATAL
Quando as palmeiras me falam de Natal,
Os tapassois verdes penetram em meus olhos,
E reparo nos muros altos
Que me servem de barreira,
Sinto que a alma me dói.
Os tapassois verdes penetram em meus olhos,
E reparo nos muros altos
Que me servem de barreira,
Sinto que a alma me dói.
Quando as portas brancas
Se escancaram para me receber
E em simultâneo se abate sobre mim
Uma intempérie,
Sinto uma mágoa infinita.
Se escancaram para me receber
E em simultâneo se abate sobre mim
Uma intempérie,
Sinto uma mágoa infinita.
Quando à varanda da noite
O oceano emudece
E me penetra um silêncio de ferro,
Sinto ausência de mim.
O oceano emudece
E me penetra um silêncio de ferro,
Sinto ausência de mim.
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