sexta-feira, 26 de abril de 2013

Texto de Arlete Deretti Fernandes - Inesquecível Nicki

 
Texto de Arlete Deretti Fernandes - Inesquecível Nicki
 
Ganhei-o de presente de uma amiga. Ele era lindo. Filhote de gata persa de cor amarelada, que quebrou as regras da nobreza e acasalou-se com um gato «plebeu».
 
Ao levá-lo para minha casa, tive que fazer todo um trabalho psicológico, pois tínhamos dois cachorrinhos e receávamos que pudessem maltratá-lo. Soltei-o e ficamos alertas a observá-los com todo cuidado. Incrível foi a amizade que fizeram. Brincavam muito, corriam pela casa e se rolavam, uma graça, uma distração.
 
O gatinho era peludo, da cor de Garfield. Quanto à escolha do nome, como tinha uma cor loira e era semi-nobre, pensei em chamá-lo de Brad Pitt, mas não gostei, porquê ficaria muito extenso. Até que cheguei a uma escolha que me agradou, seria Nicki.
 
No bairro onde residíamos na época, costumavam aparecer gatos mortos. Saíam a passear e acabavam comendo veneno em algum lugar.
 
Uma amiga que tinha uma clínica veterinária, aconselhou-me a castrá-lo, para que se tornasse caseiro e sossegado. Pensei, analisei, e pelo bem do próprio Nicki, resolvi acatar a ideia.
 
Quando o trouxe da clínica para casa, ele ainda estava grogue da anestesia. Olhei-o e percorreu-me internamente uma «peninha». Fiquei a pensar se eu tinha o direito de intervir desta forma na natureza. Mas, enfim, já estava feito, e como «os fins justificam os meios»...
 
 
 
 

 
 

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