Poesia de Albertino Galvão - Noite; Divagando
Noite
ó noite, negra e fecunda
mãe dos prazeres do amor
pintora de sonhos belos
musa e amante fogosa
inspiração de poetas
diz-me... diz-me noite
porque me beijas assim!
ó noite negra e profunda
palco de artistas da vida
que te desventram as luas
e te assassinam estrelas
com facas de pesadelos
diz-me... diz-me noite
porque me esventras a mim?
Divagando
Se eu pudesse...
ai, caramba, se eu pudesse
ter-te, à noite, à minha espera
despida de preconceitos
e a suspirar de desejo
no teu colchão de promessas...
seria amante assumido
soprando no teu ouvido
palavras ternas e doces
em versos por inventar.
Se eu pudesse...
ai, caramba, se eu pudesse
despir a minha vergonha
vestida de timidez...
invadia a tua cama
e no calor de um abraço
firme, forte e caloroso
pintava estrelas azuis
com pinceladas de amor
no céu da tua nudez.
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