domingo, 14 de abril de 2013

COENTROS, para aromatizar alimentos e combater bactérias (do latim «Coriandrum Sativum») - Texto de Dulce Rodrigues

 
COENTROS, para aromatizar alimentos e combater bactérias (do latim «Coriandrum Sativum») - Texto de Dulce Rodrigues 
 
História:
 
Os coentros são originários da bacia mediterrânica e do Médio Oriente. Foram provavelmente dos primeiros condimentos cultivados, tendo sido conhecidos e utilizados na farmacopeia sumérica e babilónica há já cinco mil anos, como o testemunham as placas de argila com caracteres cuneiformes encontradas nas ruínas de Nippur.
 
Também se encontram referências a esta planta em textos sânscritos, na Bíblia (Números, 11:7); Exodo, 16:31) e no Papiro Ebers (presumivelmente de 1550 a.C.), onde é referido que os Egípcios faziam macerar os coentros no vinho para aumentar um certo estado de exaltação a que podemos chamar embriaguez. Os coentros foram igualmente encontrados no túmulo de Tutankamon (cerca de 1343 a.C.).
 
Os Gregos acreditavam que a planta tinha propriedades afrodísiacas e, segundo o médico grego Dioscórides (cerca de 40 – 90 a.D.), ingerir coentros podia aumentar a apetência sexual masculina. Hipócrates (cerca de 460 – 377 a.C.), por sua vez, consagrou aos coentros um tratado completo com o título «Korion».
 
Quanto aos Romanos, adicionavam folhas de coentros quando coziam legumes e cevada, e Virgílio (70 – 19 a.C.) descreve um molho feito com sementes de coentros, arruda, segurelha, hortelã, aipo selvagem, cebola, tomilho, alho e poejos.
 Também existem referências à planta na China, durante a dinastia Han.
 
Na Idade Média, a planta era utilizada para preparar filtros de amor, e foi mencionada como um afrodisíaco no livro «As Mil e Uma Noites».
 
Origem do nome:
 
O nome da planta em português e na maior parte das línguas europeias tem origem em coriandrum, o nome em latim da planta, que é derivado da palavra grega koríandron ou koríannon. Há quem pense, por sua vez, que a raiz da palavra grega poderia ter derivado de koris (percevejo) e seja uma alusão ao aroma forte da planta, quando friccionada, que faria lembrar o cheiro daquele insecto. Nada prova essa teoria.
 
 
 
 

 
 

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