Poesia de João Furtado - NA DOR DA AUSENCIA; Eu e o meu pardal novamente!
NA DOR DA AUSENCIA
Um casal de pardais barulhentos
Diariamente vêm bem cedinho
(Construíram naquele buraco o ninho)
Chorar para mim os seus lamentos!
Diariamente vêm bem cedinho
(Construíram naquele buraco o ninho)
Chorar para mim os seus lamentos!
Não sei se são deveras prantos
Ou se são de alegrias seus cantos
Eu é que perto da janela, no meu canto
Perdido estou, cheio de tristes pensamentos
Ou se são de alegrias seus cantos
Eu é que perto da janela, no meu canto
Perdido estou, cheio de tristes pensamentos
Eu e o meu pardal novamente!
Eu te vejo muito tristonho
Meu belo pardal confidente e amigo
Tão calado estas tu que sempre falaste comigo
Tu que sempre entraste até no meu sonho...
Meu belo pardal confidente e amigo
Tão calado estas tu que sempre falaste comigo
Tu que sempre entraste até no meu sonho...
Estou muito triste amigo João
Venho do Cabo das Esperanças
E na bagagem trago poucas esperanças
As baleias são mortas que dói o coração...
Venho do Cabo das Esperanças
E na bagagem trago poucas esperanças
As baleias são mortas que dói o coração...
E na terra a vida dos pacíficos elefantes
Não está nada fácil, dizem que é o fim
Todo por motivo apenas dos dentes de marfim
O mundo esta a perder os últimos gigantes
Não está nada fácil, dizem que é o fim
Todo por motivo apenas dos dentes de marfim
O mundo esta a perder os últimos gigantes
Sem comentários:
Enviar um comentário