Poemas de Liliana Josué - Fado - Florir de Esperanças - País em Colapso
Fado
Há fome
Há medo
Há sujidade!
A grande fadista canta a saudade
de qualquer coisa que não percebo
nem me interessa.
Com ela a esperança some
num arremedo de solidão.
O fado português em mim recebo
com enfado.
Suga-me a cor do rosto
e a alegria dos olhos.
Não tenho culpa…
não quero ter culpa!
Rejeito o desagrado causticante
deste fado
assim tão português!
Há medo
Há sujidade!
A grande fadista canta a saudade
de qualquer coisa que não percebo
nem me interessa.
Com ela a esperança some
num arremedo de solidão.
O fado português em mim recebo
com enfado.
Suga-me a cor do rosto
e a alegria dos olhos.
Não tenho culpa…
não quero ter culpa!
Rejeito o desagrado causticante
deste fado
assim tão português!
Florir de Esperanças
Canto doce
na floresta dos meus abraços
melodia fértil de entrega
como se fosse afago de astro
ou laços de cúpidos
da cor que alegra
os meus sentidos.
Esse cântico é o eco dos teus sonhos
em penumbras de esperança
maduros de esperar.
E nos meus ramos de lembrança
faço florir
na floresta dos meus abraços
melodia fértil de entrega
como se fosse afago de astro
ou laços de cúpidos
da cor que alegra
os meus sentidos.
Esse cântico é o eco dos teus sonhos
em penumbras de esperança
maduros de esperar.
E nos meus ramos de lembrança
faço florir
País em Colapso
Chuvas de fome
Ventos de sede
Raios de frio…
Alguém te come, meu país
como antropófago
ou
vampiro saído dum sarcófago.
Meu rio de lágrimas de sangue
meus chafariz de prantos
minha terra exangue de sofrimento.
Es a pérola entre as pérolas
a flor das flores
o astro principal do Firmamento.
Mas a perversidade mórbida dos teus senhores
feriu-te de morte!
Ventos de sede
Raios de frio…
Alguém te come, meu país
como antropófago
ou
vampiro saído dum sarcófago.
Meu rio de lágrimas de sangue
meus chafariz de prantos
minha terra exangue de sofrimento.
Es a pérola entre as pérolas
a flor das flores
o astro principal do Firmamento.
Mas a perversidade mórbida dos teus senhores
feriu-te de morte!
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