sexta-feira, 26 de abril de 2013

Poemas de Liliana Josué - Fado - Florir de Esperanças - País em Colapso

 
Poemas de Liliana Josué - Fado - Florir de Esperanças - País em Colapso
 
Fado
 
Há fome
 Há medo
 Há sujidade!

A grande fadista canta a saudade
 de qualquer coisa que não percebo
 nem me interessa.
 Com ela a esperança some
 num arremedo de solidão.
 O fado português em mim recebo
 com enfado.
 Suga-me a cor do rosto
 e a alegria dos olhos.
 Não tenho culpa…
 não quero ter culpa!
 Rejeito o desagrado causticante
 deste fado
 assim tão português!
 
Florir de Esperanças
 
 Canto doce
 na floresta dos meus abraços
 melodia fértil de entrega
 como se fosse afago de astro
 ou laços de cúpidos
da cor que alegra
 os meus sentidos.
 Esse cântico é o eco dos teus sonhos
 em penumbras de esperança
 maduros de esperar.
 E nos meus ramos de lembrança
 faço florir
 
País em Colapso
 
 Chuvas de fome
 Ventos de sede
 Raios de frio…

Alguém te come, meu país
 como antropófago
 ou
 vampiro saído dum sarcófago.
 Meu rio de lágrimas de sangue
 meus chafariz de prantos
 minha terra exangue de sofrimento.
 Es a pérola entre as pérolas
 a flor das flores
 o astro principal do Firmamento.
 Mas a perversidade mórbida dos teus senhores
 feriu-te de morte!
 
 
 
 

 

 

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