Poesia de Carlos Fragata - Fado Chique; Antes que a Nação se afunde; Recadinhos (Quadras soltas)

 
Poesia de Carlos Fragata - Fado Chique; Antes que a Nação se afunde; Recadinhos (Quadras soltas)

 

 

 Fado Chique

 
 Chamei p’lo Fado
 Mas o Fado não me liga,
 O Fado agora é cantiga
 Cantada por baladeiros ...
 Foi reciclado,
 Ganhou brilho, tem brasão,
 Com estatuto de canção
 Já não liga a marceneiros!
 
O Fado é ouro, é dinheiro, é um negócio,
 Deixou de ser nobre cantar de sentimento,
 Já não quer ser um popular momento de ócio
 E as «cegadas» caíram no esquecimento...
 
Antes que a Nação se afunde
 
 Nem moiros, nem Leoneses,
 Nem Filipes conseguiram,
 Pois às mãos dos Portugueses
 Todos eles sucumbiram!!
 
Tantos séculos de História,
 Tantos feitos gloriosos,
 Até chegar esta escória
 De lobos gananciosos...
 
 Os cordeiros que hoje somos,
 é algo de surreal,
 Uma sombra do que fomos,
 Quando havia Portugal!
 
Recadinhos (Quadras soltas)
 
 Quem prometendo que dá
 Está já pensando em tirar
 Bem cedo descobrirá
 Que um dia terá que dar
 
Se o ouro que tanto brilha
 Comprasse uma vida eterna
 Seria eterna a quadrilha
 Que a roubar-nos nos governa
 
 Há dois tipos de pessoas
 Que me deixam nauseado
 As que fingem que são boas
 E quem as tem apoiado
 
 
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