sexta-feira, 19 de abril de 2013

A árvore da Vida (2011) - Texto Recolhido em Cinema Pela Arte

 
A árvore da Vida (2011) - Texto Recolhido em Cinema Pela Arte
 
«Onde estavas quando lancei os fundamentos da terra? Quando as estrelas da manhã, juntas, cantavam e todos os filhos de Deus gritavam de alegria?» Jó 38:47

Espetáculo sensorial

Magnificência cinematográfica é facilmente confundida com embaraçosa pretensão. De fato, as palavras transferidas para este texto são de uma pessoa que se notou mesmerizada com o desenrolar de imagens que juntas formam um filme legitimamente único, «A árvore da Vida» (2011), drama tão excepcional que parece até inapropriado chamá-lo simplesmente de drama, façanha do reservado diretor Terrence Malick.
Apreciada pelo grupo de apaixonados pelo filme - filosofia é essa especialidade que segue imperceptível para espectadores condicionados, mais rudemente espectadores embotados. Certamente, também valorizados devem ser o hermetismo que singulariza o filme, bem como as tão inquietantes perguntas sem resposta que se revelam necessárias nessa análise humanamente cósmica.
 
No processo de escolha entre a graça e a natureza, intromete-se a morte que desordena o íntimo e estimula as interrogações. Oposta ao espetáculo imagético que traça, dentro dos limites cinematográficos, o mistério do universo, de modo algum uma pletora de imagens ocas como adorariam dizer os detratores de «A árvore da Vida», está uma tradicional família americana da década de 1950 — pai (Brad Pitt) austero e temido, mãe (Jessica Chastain) afável e piedosa, genitores de três filhos homens.
 
 
 
 

 
 

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