Poesia de Albertino Galvão - Tanta; Se soubesses...
Tanta
Tanta voz sem ter razão
Tanta razão abafada
Tanta gente sem ter chão
Tanta vontade estafada
Tanta reza tanta fé
Tanta jura a soar falso
Tanta letra em rodapé
Escondendo o cadafalso
Tanta infância sem futuro
Tanto homem sem presente
Tanto rosto cinza escuro
Onde a tristeza se sente
Tanta razão abafada
Tanta gente sem ter chão
Tanta vontade estafada
Tanta reza tanta fé
Tanta jura a soar falso
Tanta letra em rodapé
Escondendo o cadafalso
Tanta infância sem futuro
Tanto homem sem presente
Tanto rosto cinza escuro
Onde a tristeza se sente
Se soubesses...
(escrito a pedido de alguém e para alguém)
Se tu soubesses...
ai, amor, se tu soubesses
em que portas eu me escondo
p’ra fugir ao teu desprezo...
porque postigos espreito
as saudades a passar...
onde enterro os meus desejos
e os prazeres... onde os consolo
quando a noite se apodera
das vontades do meu corpo
e as estrelas me incendeiam
a saudade do teu corpo...
dos teus seios...
dos teus beijos...
Se tu soubesses...
ai, amor, se tu soubesses
em que portas eu me escondo
p’ra fugir ao teu desprezo...
porque postigos espreito
as saudades a passar...
onde enterro os meus desejos
e os prazeres... onde os consolo
quando a noite se apodera
das vontades do meu corpo
e as estrelas me incendeiam
a saudade do teu corpo...
dos teus seios...
dos teus beijos...
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