sexta-feira, 5 de abril de 2013

Opium smuggling in China - Texto Publicado por João Botas - Blogue Macau Antigo

 
Opium smuggling in China - Texto Publicado por João Botas - Blogue Macau Antigo
 
Artigo de primeira página publicado em 1840 no jornal The Penny Magazine tendo como ilustração a baía da Praia Grande. Este jornal inglês publicou-se entre 1832 e 1845. Sobre o tema existem diversos post's. Este é apenas um deles.
 
Ainda sobre o comércio do ópio aqui fica um artigo da autoria de Leonel Barros publicado em 2009 no Jornal Tribuna de Macau.
 
Tempos de ópio
 
 Fortunas colossais foram arrecadadas desde que um decreto real de Lisboa, publicado em Abril de 1802, concedeu aos moradores de Macau o privilégio exclusivo da importação do ópio.
Após a publicação desse documento, foi estabelecida em Macau uma fábrica de ópio, na zona do Porto Interior, onde o produto era cozido. Mal chegava à fábrica, o ópio era diluído em água, mexido e submetido a uma série de operações que exigiam muita perícia.
 
Assim se obtinha uma massa pouco consistente e de cor acastanhada, que permitia ao manipulador encher duas semiesferas de barro ou de metal, que depois de ligadas entre si e após o arrefecimento, formavam uma autêntica «bola».
 
O produto era, então, metido em caixotes de latão, que depois eram soldados, para fins de exportação, ou em potes de barro destinados aos pequenos consumidores. Naqueles tempos, o ópio valia mais do que o ouro, e todo aquele que trabalhasse nesse tipo de negócio facilmente se tornava milionário em pouco tempo.
 
Em 1729, a China proibiu a importação do ópio devido aos seus efeitos nocivos e também porque muitas pessoas vendiam todos os seus bens só para o adquirir. Além disso, muitos soldados do exército chinês contraíam o vício do fumo do ópio, tornando-se, assim, homens inúteis para a nação e sociedade.
 
Apesar da proibição, o ópio continuou a passar de mão em mão na China, a ponto de muitos ricaços chineses acabarem por adquirir barcos rápidos, utilizados para o serviço de contrabando, que recebiam o produto dos navios estrangeiros em alto-mar, ou próximo do estuário do Rio das Pérolas.
 
 
 
 

 

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