«Macau nos anos da revolução portuguesa: 1974-1979» - Texto de João Botas - Blogue Macau Antigo Macau - China
Uma obra fundamental sobre a história contemporânea de Macau, uma autobiografia política que confirma o que muitos suspeitavam: Garcia Leandro foi o mais importante governador do último século. «Macau nos anos da Revolução Portuguesa, 1974-1979», de Garcia Leandro, é provavelmente o mais importante livro sobre a história contemporânea de Macau.
E, entre as várias razões que justificam esta afirmação, destaca-se uma: confirma aquilo que alguns suspeitavam, mas que não ousavam clarificar por falta de um suporte – Garcia Leandro foi o mais importante governador de Macau dos últimos cem anos.
E, entre as várias razões que justificam esta afirmação, destaca-se uma: confirma aquilo que alguns suspeitavam, mas que não ousavam clarificar por falta de um suporte – Garcia Leandro foi o mais importante governador de Macau dos últimos cem anos.
Agora, depois de se ler o livro, ficam poucas ou nenhumas dúvidas [se o período do «1,2,3» estava já bem explorado e os anos mais recentes também são bem conhecidos, faltava uma obra que documentasse os anos seguintes à Revolução de 1974].
Garcia Leandro foi um governador notável, essencialmente por três razões:
− pelas dificuldades contextuais em que governou (o pós - Revolução em Macau, sem relações diplomáticas com a China e com diversas tentativas para implantar outro regime político localmente, sobretudo pelos militares do Movimento das Forças Armadas (MFA); em 51 meses de Macau lidou com oito governos, cinco primeiros -ministros e dois presidentes da República, em Lisboa);
− pelo que realizou nesses quatro anos (o excelente Estatuto Orgânico, a revisão do contrato de jogo, o arranque do aeroporto, etc.);
− pela forma como o fez (com firmeza, mas sobretudo alicerçado em valores como a honestidade, a honra; ficou famoso, e o livro recupera bem isso, o decreto em que proíbe prendas acima de determinado valor, para tentar combater a imagem de corrupção generalizada que encontrou quando chegou a Macau);
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