Três Poemas -Por Denise Severgnini
Costurando meu arremate; Versos cadavér_(s )_icos; A Poetisa Fenecida
Costurando meu arremate
Tempo voeja,
Entranhas em ebulição clamam liberdade
Astrológico ser impetra-me um fadário
De passagem, apanho a bagagem...
Não sei se ainda é tarde, ou se a manhã é morna
Lacrimeja a boca da noite, abluída em sangue posterior
Lápide marmórea e alva aguarda-me...
Senhora das trevas amadrinha-me... Batismo derradeiro!
Visão sem luz!
Entranhas em ebulição clamam liberdade
Astrológico ser impetra-me um fadário
De passagem, apanho a bagagem...
Não sei se ainda é tarde, ou se a manhã é morna
Lacrimeja a boca da noite, abluída em sangue posterior
Lápide marmórea e alva aguarda-me...
Senhora das trevas amadrinha-me... Batismo derradeiro!
Visão sem luz!
Versos cadavér_(s )_icos
Matei meu poema e de seu corpo fiz mortalha
Retalhei o verso à navalha, de cada corte
Eu fiz meu suporte a sustentar toda insensatez
Proveniente da morbidez estática de todos
Adeus à inspiração que vive a povoar meu imo
Cadaverize-se ante a hipocrisia... Sorria!
Carpideiras hão de chorar pelo leite derramado,
Lágrimas de crocodilos que salgarão a bala
De canhão apontado para a alma da poetisa.
Retalhei o verso à navalha, de cada corte
Eu fiz meu suporte a sustentar toda insensatez
Proveniente da morbidez estática de todos
Adeus à inspiração que vive a povoar meu imo
Cadaverize-se ante a hipocrisia... Sorria!
Carpideiras hão de chorar pelo leite derramado,
Lágrimas de crocodilos que salgarão a bala
De canhão apontado para a alma da poetisa.
A Poetisa Fenecida
Expirado o momento d’inspiração
Carnífice martírio de letras soltas
Mal diagramadas numa expiação
Em plúmbeo veludo, já envoltas
Traçam ritos da vate tão exaurida
Harpejam fúnebres árias... Riem
Do seu não ser expresso em vida
Letras malfadadas sobrevivem...
Poetisa serpenteia na soturnidade
Diáfanas vestes encobrem a agonia
Sem sua lira, não há prosperidade
Nem como poder falar de idolatria
Epopéias do desencanto desfraldam
Bandeiras que sacolejam escuridão
Perecidas almas a ela circunavegam
Impingindo um tanto de aliviação...
Carnífice martírio de letras soltas
Mal diagramadas numa expiação
Em plúmbeo veludo, já envoltas
Traçam ritos da vate tão exaurida
Harpejam fúnebres árias... Riem
Do seu não ser expresso em vida
Letras malfadadas sobrevivem...
Poetisa serpenteia na soturnidade
Diáfanas vestes encobrem a agonia
Sem sua lira, não há prosperidade
Nem como poder falar de idolatria
Epopéias do desencanto desfraldam
Bandeiras que sacolejam escuridão
Perecidas almas a ela circunavegam
Impingindo um tanto de aliviação...
Leia este tema completo a partir de 3 de Junho carregando aqui.
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