domingo, 30 de junho de 2013

Poesia de Mário Matta e Silva - Relâmpagos na Areia; Um Hino a esse Interior Musical

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Poesia de Mário Matta e Silva - Relâmpagos na Areia; Um Hino a esse Interior Musical
 
Relâmpagos na Areia
 
A noite é um manto de breu  
Pejado de angustias e surpresas  
Mostrando alçapões de incertezas  
Numa união difusa de mar e céu.
 
O tempo agreste a roçar o sagrado  
Atira-nos sem dó temerosos vendavais  
E as ondas ondulam desiguais  
Espalhando maresia num luar desmaiado.
 
Saltam peixes em sobressalto, aturdidos  
Em cardumes imensos, volumosos  
E os barcos na doca rangem teimosos  
Batendo seus cascos descoloridos.
 
Os ventos espalham o sal  
E a chuva cai por igual, miudinha  
A chamar pelas brumas e dolente ladainha  
Os medos de um negrume abissal.
 
Na praia há imensos pescadores  
Em seus frenesins e sua dor  
E há um horizonte sem luz nem cor  
Que mostra o além feito de temores.
 
A tempestade é densa e forte  
Sem âncora, sem velas e sem amarras  
Os bojos fazem lembrar guitarras  
E impõe-se um vai - vem de vida e morte.

Leia este tema completo a partir de 1 de Julho carregando aqui.

 

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