A FORMIGUINHA BRANCA E A MINHOCA COR-DE-ROSA (Partes I e II) - Conto Infantil de Cremilde Vieira da Cruz
Era uma vez uma Formiguinha Branca. Era tão branca, tão branca, que as outras Formiguinhas ficavam admiradas a olhar para ela e interrogavam-se por que não seriam brancas assim.
Um dia a Formiguinha branca descia a escada de sua casa, muito atarefada (andava sempre atarefada) e encontrou uma Minhoca Cor-de-rosa, muito bonitinha que, lentamente, subia a escada.
- Onde vais? - perguntou-lhe a Formiguinha Branca.
- Disseram-me que vive aqui uma Formiguinha Branca muito asseada, que tem sempre a casa muito limpinha e arrumada, e faz uns petiscos muito saborosos, de modo que resolvi vir cá espreitar, para ver se é verdade o que dizem, e até pode ser que ela me ofereça algum petisquinho!
- Mas agora reparo! A Formiguinha Branca deves ser tu! Pelas indicações que me deram, és tu mesma, pois disseram-me que há apenas uma Formiguinha Branca!
- Sim, sou eu. - respondeu a Formiguinha Branca com ar sisudo. Por que é esse espanto todo por eu ser a única Formiguinha Branca? Eu ainda não me espantei por tu seres uma Minhoca Cor-de-rosa, apesar de nunca antes ter visto outra dessa cor!
- Ah, eu sou muito curiosa! A minha curiosidade é tão grande, que já não durmo há uns dias a pensar na melhor maneira de te procurar, não só para te conhecer, mas também para conhecer a tua casa, pois as minhas amigas dizem que a tens muito arrumada e limpa. Logo havia de encontrar-te no caminho e agora já não posso ir até lá! A menos que não te importes de ma mostrar!
- E para que queres saber se tenho a casa arrumada e o que se passa na minha casa? O que tens tu a ver se eu tenho a casa arrumada ou desarrumada, limpa ou suja? Ora essa, não sabes que é feio ser tão curiosa? Porque não te distrais a passear ou a arrumar a tua própria casa? Se tens o hábito de andar por aí a ver o que se passa nas casas dos outros, de certo não tens tempo para cuidar da tua. Terei razão ou não?
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