Entrando no mês de Junho e com ele o Forró - Texto de Helena Emília
Já estamos entrando no mês junho, mês de São João, e com isso, está na hora de aprender a dançar um forrozinho e fazer bonito nas festas de arrasta-pé.
Todos os anos, quando esta chegando período de junino o forró começa a aparecer, na imprensa, às academias e salões de danças ficam cheias e todo parece querer lembrar-se de como esse ritmo é delicioso.
Xote, xaxado, pé-de-serra, coco, forró universitário e eletrônico. Se perder nos nomes é fácil, e até se confundir nos ritmos, pois, são muitos. Sob a herança do baião, jeito de tocar criado pelo sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga, quem curte um bom forró avisa aos novatos que em tempos de festa junina, não tem por que se intimidar: são dois para lá e dois para cá.
Dançar forro é fácil é só prestar atenção na cadência do instrumento. Você começa tímido, olha um pouco os outros e vá para a pista. Pode deixar que não vá fazer feio, pois, a música coordena os ritmos.
Com um pouco de treino, o moço que na dança recebe o nome de cavalheiro e a responsabilidade de guiar a parceira resolve que é hora de dar uns giros, fazer umas firulas para sair do básico. Nas aulas de forro se aprende a fazer passos bonitos, alguns truques, como pisar no lugar certo, a rodar para o lado certo essas coisas. O ideal é começar pelo xote, ritmo dançado ao som de zabumba, triângulo e sanfona. As marcações, mais lentas, exigem os básicos dois para lá, dois para cá.
O forró universitário, que acrescenta contrabaixo e violão aos instrumentos tradicionais, também cai, como uma luva para iniciantes, e evolui para passos para frente e para trás. Dali, você pode tentar o giro mantendo o mesmo estilo de passadas e, com um pouco mais de prática, pode tentar as populares batidas de cintura. Quem já conhece o básico pode atrever-se em outros estilos. Não é feio dançar com seu par de um jeito quando a música, por tradição, pede outra forma de condução. O baião, por exemplo, também tem passo quartanário, com dois para lá, dois para cá. A diferença está na cadência musical, que demanda uma passada mais rápida que a outra. Com um ouvido atento acompanhando a banda, isso sai naturalmente.
Nas festas juninas, valem as mesmas regras do salão. Dançar sempre com o mesmo parceiro é bobeira. A etiqueta permite trocas ao começo de cada música. Se a dupla tiver boa química, vale segurar o parceiro um pouco mais, mas nunca a noite inteira.
Leia este tema completo a partir de 3 de Junho carregando aqui.
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