domingo, 16 de junho de 2013

Jornal Raizonline nº 227 de 17 de Junho de 2013 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - As minhas memórias mais próximas (XLVIII)- Lentos passam os dias

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Jornal Raizonline nº 227 de 17 de Junho de 2013 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - As minhas memórias mais próximas (XLVIII)- Lentos passam os dias  
 
Para ser muito franco não sei porque coloquei este título nesta minha crónica semanal uma vez que e minha ideia era fazer um referência indirecta à Teogonia Grega, que pouca relação tem com o título acima uma vez que o seu original título de Hesíodo é «Os Trabalhos e os Dias».
 
De qualquer forma será de referir que Hesíodo se fez poeta, ou foi bafejado pelas musas, como se queira entender, depois de ter alguns trabalhos menos felizes por causa da disputa de uma herança, que pelo que reza a história considerou não lhe ser favorável, assacando então as culpas da sua infeliz recolha como herdeiro aos juízes que foram chamados  a dirimir o conflito.
 
Em boa hora isso aconteceu porque o azar de Hesíodo traduziu-se depois pela construção da Mitologia grega, mais propriamente na parte que se refere aos deuses, arranjando este um sistema complexo e completo que explicava, segundo ele ou os seus estudiosos, as sagradas origens desta coisa onde nós vivemos e que se chama terra.
 
Por vezes dou uma vista de olhos, uma vista de olhos mesmo à superfície, pela Teogonia Grega, e tenho de gabar a perícia do poeta, pois se erros ele fez no escalonamento das divindades e na sua divisão hierárquica é difícil tomar nota deles e aliás também não deve haver muita gente interessada em esmiuçar o longo poema, diga-se em abono da verdade.
 
Os poemas longos, deste tipo, assim, volumosos, têm essa grande vantagem de não serem normalmente criticados porque de uma forma geral as pessoas entendem que é melhor não se meterem nisso, e estarem por exemplo a contabilizar as incongruências dos Lusíadas, da Eneida, mesmo da mais curta Mensagem do Fernando Pessoa para além de dar muito trabalho é um risco enorme, porque lá onde se vê um erro pode estar escondida uma metáfora e quando assim não acontece de facto é possível meter lá uma ou outra interpretação baseada nas diferenças temporais das conotações e mais que se use nestas circunstâncias.
 
 
 

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