David Brookshaw, o tradutor para inglês da obra de Senna Fernandes Texto Recolhido em Macau Antigo - João Botas
Um passeio por Macau colocou-lhe nas mãos «A Trança Feiticeira», em 1996. A paixão foi imediata e a internacionalização da literatura de Macau ganhou novo fôlego.
Quando teve o primeiro contacto com a obra de Senna Fernandes?
De passagem por Macau, em 1996, comprei o romance «A Trança Feiticeira». Depois, entre 1996 e 1999, li pela primeira vez os contos «Nam Van» e «Mong Há», assim como «Amor e Dedinhos de Pé». Isto aconteceu quando preparava um estudo sobre a literatura em Macau, publicado por uma editora anglo-americana em 2002, intitulado «Perceptions of China in Modern Portuguese Literature».
A escrita do escritor macaense foi comparada à de Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco. Encontrou estas semelhanças?
Se isso quer dizer que a escrita de Senna Fernandes tem fortes ecos do romantismo e realismo do século XIX, estou inteiramente de acordo. Um ponto que levantei várias vezes em estudos que fiz sobre o autor. Senna Fernandes escreveu muitos livros no início da idade adulta que acabaram por ficar pelo caminho. Seria aí um escritor diferente daquele que traduziu?
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