sábado, 27 de julho de 2013

praça da telepará - Por Abilio Pacheco - Uma praça, não - praça, improvisada

 
praça da telepará - Por Abilio Pacheco - Uma praça, não - praça, improvisada
 
Em dezembro de 2010, quando enviei a crônica de aniversário, dentre as respostas recebidas uma foi de Miriam Leila, que transcrevo no post scriptum. A mensagem motivou esta crônica.
 
Cheguei a Marabá em 84, fazendo mais ou menos o mesmo caminho de muitos marabaenses, nascidos nordestinos como o fundador da cidade. Eu vinha de Coroatá, calma e pacata, lírica e idílica, poética… Embora tivesse pouca mobilidade em Coroatá, por ser menino agarrado em saia de vó, eu me divertia muito nas praças. Num raio de um quilômetro e meio eram seis praças. Nem sei o nome de todas. Recordo-me de todas e da forma como chamávamos algumas delas: praça da igreja, praça do triângulo, praça principal (com nome de político maranhense), da praça do atlantis…
 
As praças são esses espaços públicos que fazem parte de nossa história, nossa memória de afetos. Espaço de crianças brincarem, jovens passearem e namorarem, adultos descansarem do trabalho, pais levarem filhos para um divertimento semanal, idosos fazerem o tempo passar, ambulantes trabalharem, políticos fazerem campanha, estudantes fazerem gincanas, manifestantes fazerem barulhos…
 
Sempre gostei muito de praças. Eu - menino em Coroatá não me dava conta de tantos usos das praças. Depois que mudei para Marabá, todo retorno a Coroatá era um reencontro com as praças, as mesmas praças, mas modificadas. A cada viagem elas se revelaram outras para mim.
 
São quase trinta anos e mais de quarenta retornos a Coroatá. O reencontro com as praças também se dava por causa do que faltava na minha Marabá da década de oitenta. Especialmente na parcela da Marabá onde eu vivia e por onde transitava: a Nova Marabá.
 
Marabá é uma cidade que nasceu na confluência dos rios Tocantins e Itacaiúnas (algumas versões apontam para o Burgo do Itacaiúnas, mas opto pela versão de mais circulação), onde Francisco Coelho instalou-se com moradia, comércio, depósito e salão de festas. O nome é em homenagem a Gonçalves Dias e ao poema «Marabá», sempre declamado nos aniversários da cidade.


Leia este tema completo a partir de 29 de Julho carregando aqui.

 
 

 

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