Fundação Logosófica – Em Prol da Superação Humana - São Paulo - Altas finalidades da observação - Carlos Bernardo González Pecotche – RAUMSOL
Quando o ser humano não está familiarizado com o conhecimento do mecanismo mental e com o papel que os pensamentos desempenham, expõe-se com suma frequência a incorrer em erro, provocando reações que redundam em seu exclusivo prejuízo.
Daí a necessidade de se levar em conta toda circunstância e não descuidar da observação dos pensamentos e de seus movimentos no ambiente da própria mente, a fim de que eles não passem despercebidos, já que, justamente ao escaparem ao controle, costumam ocasionar os inconvenientes que assinalamos.
E é muito comum, por exemplo, que tal descontrole se evidencie através da própria palavra, ao mostrar ao entendimento dos demais tudo ao contrário do que se queria expressar. Isto, de certo modo, é uma traição interna e, ao mesmo tempo, algo muito desagradável para quem escuta, que observa não existir uma comunicação perfeita entre a palavra e a atitude.
Do que dissemos se infere o indispensável que é, para a boa conduta pessoal, cuidar da observação dos pensamentos e de suas atividades. Cada um há de se constituir num seguro elemento de observação; porém, não de simples observação dirigida ao externo, pois esta deve correr parelhas com a interna, observando o que lhe é próprio e, ao mesmo tempo, aquilo que está fora de si mesmo.
Assim se evitará, entre outras coisas, cair na crítica malsã, aquela provocada pelo prurido de censurar os demais, sem se dar conta de que também se pode ser alvo dos olhares do semelhante. Geralmente, quem faz isso atrai para si a atenção de todos, que observam para ver se ele tem autoridade para criticar ou se, pelo contrário, está sujeito aos defeitos e deficiências que aponta nos outros.
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