sábado, 13 de julho de 2013

O AIPO, planta afrodisíaca de Gregos e Romanos - (do latim «Apium graveolens») - Texto de Dulce Rodrigues

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O AIPO, planta afrodisíaca de Gregos e Romanos - (do latim «Apium graveolens») - Texto de Dulce Rodrigues
 
 História:
 
O aipo, planta originária da região mediterrânica, era tido como afrodisíaco por Gregos e Romanos, que o consideravam um estimulante erótico e de virilidade masculina.
 
Na Grécia antiga, o aipo era um símbolo ctónico, portanto, associado às divindades que habitavam as profundezas da terra e ao culto dos mortos, talvez em virtude do cheiro e da cor das suas folhas, com as quais se faziam coroas para os mortos. E é provável que o aipo fizesse parte do ritual dos mistérios que se celebravam na cidade de Tebas e nas ilhas da Samotrácia e de Lemnos em honra das divindados ctónicas chamadas Cabiros.
 
Os Gregos tinham o aipo em tão alto apreço que as coroas dos vencedores dos Jogos ístmicos foram inicialmente feitas de folhas de aipo e só mais tarde passaram a ser feitas de pinheiro. Segundo Plínio o Velho, as grinaldas usadas pelos vencedores do Jogos Nemeus eram também feitas de folhas de aipo.
 
Outras referências literárias ao aipo na Grécia antiga encontram-se, por exemplo, na Ilíada, onde Homero menciona que os cavalos dos Mirmidões pastam em pântanos de aipo silvestre à volta de Tróia; e na Odisseia, em que ele nos diz que a gruta da ninfa Calipso estava rodeada de prados de violetas e de aipo silvestre.
 
A antiga colónia grega de Selinunte (Selinus em Latim), na Sicília, foi chamada assim por causa do aipo que ali crescia espontaneamente e em abundância, e o símbolo da cidade era uma folha de aipo, símbolo esse que se encontra também cunhado nas moedas desta antiga cidade.





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