Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - Passagem Efémera; Perdão; Quem me dera
Passagem Efémera
Oh!!!... Morreste virgem:
De voz,
De gestos,
De tudo,
Sem uma epopeia
Que te imortalizasse.
Tinhas nascido há pouco
E começavas a aprender a andar.
Soletravas as primeiras palavras
E trazias ideias enrodilhadas,
Cordão umbilical de teu sentir.
Ninguém te ensinou a escrever,
Por isso teus traços tristes
Que mais nada diziam,
Senão alucinação.
Morreste de mãos vazias:
Sem nome,
Sem idade,
Encarcerado no silêncio
De sonhos inatingíveis,
De que não conseguiste libertar-te.
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