Os «Cruzadores» - Texto Recolhido no Blogue Macau Antigo de João Botas
«Para além das canhoneiras que asseguravam uma presença naval de carácter permanente mas meramente simbólica, em situações de maior melindre político ou militar como as que ocorreram na região, foram destacadas para Macau outras unidades navais, nomeadamente os cruzadores «Adamastor», «Vasco da Gama», «Rainha D. Amélia» e «República».
Alguns desses conflitos tiveram carácter regional e levaram as nações europeias a manter forças navais na área, mas a permanência dos cruzadores portugueses só podia ser entendida como uma afirmação de prestígio perante outras marinhas europeias e não como uma atitude de afrontamento.
O cruzador «Adamastor», um dos mais emblemáticos navios do seu tempo, que tomou parte nas acções de implantação da República Portuguesa e em operações durante a I Guerra Mundial, esteve em estação em Macau por 5 vezes (1900-1901, 1904-1905, 1912-1913, 1927-1928 e 1930-1933), tendo sido o cruzador que permaneceu em Macau por mais tempo.
Das suas guarnições fizeram parte destacadas figuras da Marinha Portuguesa como o guarda - marinha Carvalho Araújo (Comandante do caça - minas «Augusto de Carvalho» durante a I Guerra Mundial) e o guarda - marinha Albano Rodrigues de Oliveira (Governador de Macau).
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