Ter ou não ter compromissos? - Crónica de Miriam de Sales Oliveira
Essa sempre foi a minha dúvida desde garota, pois, não gosto de obrigações. Só escrevo quando tenho algo a dizer, quando me dá vontade, sem método, ou compromisso, aliás compromissos não quero nenhum com ninguém ou com nada, o bom de passar dos setenta é que você só faz o que lhe dá na telha. Direitos adquiridos, Darling!
Durante a vida a gente cria tantos laços, inventa tantas desculpas para não fazer o que quer – a casa, o jardim, os filhos, o marido, os gatos , o trabalho, todas as conspirações contra a liberdade que é o que realmente importa. No fim, a gente vira uma cópia do personagem de Tolstoi, Ivan Ilitch, aquele que perto da morte busca um sentido para a vida e percebe que ,durante uma longa vida, bem poucos momentos tiveram algum significo para ele .Sua vida foi uma mentira, sempre fazendo o que os outros esperavam dele, um indivíduo politicamente correto, mas, insosso, infeliz e irrealizado. Uma história , simples, comum, mas, nem por isso menos terrível.
Durante a vida a gente cria tantos laços, inventa tantas desculpas para não fazer o que quer – a casa, o jardim, os filhos, o marido, os gatos , o trabalho, todas as conspirações contra a liberdade que é o que realmente importa. No fim, a gente vira uma cópia do personagem de Tolstoi, Ivan Ilitch, aquele que perto da morte busca um sentido para a vida e percebe que ,durante uma longa vida, bem poucos momentos tiveram algum significo para ele .Sua vida foi uma mentira, sempre fazendo o que os outros esperavam dele, um indivíduo politicamente correto, mas, insosso, infeliz e irrealizado. Uma história , simples, comum, mas, nem por isso menos terrível.
O bom é viver sem lenço nem documento, livre de obrigações e chatices, de desejos que você nem sabe se são seus ou se lhe foram impostos, jogando no meio da estrada pesos inúteis, sem contas a pagar ou receber, sem datas de vencimento, sem a ditadura dos cartões de crédito, sem prestar contas a não ser á sua consciência, livre de amigos que cobram atenção, que lhe pedem contas da amizade, e, lá vamos nós, empurrando o carro da vida sem saber bem porque ou para que, nem aonde quer chegar, se é que quer chegar a algum lugar.
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