Poesia de Virgínia Teixeira - Alvorada; Eclipse; Pirata
Alvorada
Tão feia e deserta me pareces nesta noite cruelmente envenenada
A harmonia da tua singular magia já tão maculada pela separação…
Choro baixinho, nesta noite escura e gélida tão tristemente antecipada…
E murmuro uma prece que atrase o clarear baixinho desta tenebrosa escuridão
A harmonia da tua singular magia já tão maculada pela separação…
Choro baixinho, nesta noite escura e gélida tão tristemente antecipada…
E murmuro uma prece que atrase o clarear baixinho desta tenebrosa escuridão
Como uma criança que de um sonho imenso não quer despertar…
Aguardo silenciosamente pelo clarear do alto da minha torre de cristal
A escutar a ferocidade do mar, que ao longe comigo se parece revoltar
E ao ritmo das marés também eu me abandono a esse anseio visceral…
Aguardo silenciosamente pelo clarear do alto da minha torre de cristal
A escutar a ferocidade do mar, que ao longe comigo se parece revoltar
E ao ritmo das marés também eu me abandono a esse anseio visceral…
Envolvo-me cuidadosamente no meu manto carmesim de pura saudade,
Angústia que já me come os ossos como um fado de uma mulher amargurada…
O céu ainda se cobre de negro, mas ao longe espreguiça-se o Sol sem piedade
Angústia que já me come os ossos como um fado de uma mulher amargurada…
O céu ainda se cobre de negro, mas ao longe espreguiça-se o Sol sem piedade
E eu, uma cigana enraizada, derramo pesadas lágrimas de despedida
Uma por cada tonalidade pintada no céu em largas pinceladas de vida
Enquanto murmuro “Adeus, minha terra tão amada”, ao nascer da alvorada…
Uma por cada tonalidade pintada no céu em largas pinceladas de vida
Enquanto murmuro “Adeus, minha terra tão amada”, ao nascer da alvorada…
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