terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Poesia de Virgínia Teixeira - Narciso bravio; Alvorada; Eclipse

 
 
Poesia de Virgínia Teixeira - Narciso bravio; Alvorada; Eclipse
 
Narciso bravio
 
 Campo imenso de altivos girassóis amarelos viçosos
 Prado dourado repleto de flores que gritam alegria
Girassóis que sonham alcançar o Sol, tão ambiciosos!
 Flores viçosas que sobrevivem às estações com mestria
 
Campo imenso de flores arrancadas pela raiz cruelmente
 Prado frio e triste de terra quase estéril, seca e salgada
Onde alguém, ainda com fé, planta uma túlipa docemente
«Cresce, flor delicada como cristal», é a prece murmurada
 
E o jardineiro senta-se no topo da colina a vislumbrar o prado
E espera que a túlipa vingue no vento gélido que sopra forte
Mas a flor enrosca-se na terra fria e espera satisfeita pela morte
 
O jardineiro, sentado no topo da colina, desvia o olhar marejado
 E vislumbra, num canto esquecido, um narciso bravio a despontar
Vida inesperada num campo triste e frio onde já não vale a pena plantar…


Leia este tema completo a partir de 27 de Fevereiro carregando aqui.

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